Startup brasileira usa materiais reciclados e tecnologia para cultivar hortas urbanas em telhados

Imagem: Urban Kiev

O cinza característico das grandes metrópoles tem tudo para se transformar em um verde cheio de vida, pelo menos aqui no Brasil.

Esse é a proposta da startup Via Natus. Transformar simples telhados em hortas urbanas que produzem alimentos orgânicos. E tudo isso sem dar trabalho para os donos do espaço.

Imagem: Brooklyn Grange Farm

A startup teve início com o Projeto Teto de Verde organizado para a maratona criativa The Big Hackathon, realizada durante a 10ª edição da Campus Party. A maratona surgiu de uma parceria entre o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e a Campus Party como um desafio ao público: desenvolver soluções tecnológicas para os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e também fomentar o empreendedorismo inovador.

A proposta da maratona, além de selecionar os melhores projetos, foi de empoderar os jovens com a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, envolvendo-os como parte da solução. Integração entre os ODS, viabilidade financeira, criatividade, escala replicadora, impacto social e tecnologia escolhida foram os critérios utilizados pela comissão avaliadora, formada por especialistas do PNUD.

Imagem: Natália Torres/ Pnud Brasil

Três projetos receberam menção honrosa por apresentarem soluções que fossem mais transversais e atingissem mais ODS, foram eles: BestB4, Health4U e Teto de Verde.

O Teto de Verde, agora como startup, alia telhados com hortas orgânicas para espaços corporativos à reciclagem e agricultura familiar. É, sem dúvidas, um modelo de negócios que gera efeito cascata bem positivo.

Imagem: USP

Para a montagem da área de cultivo das hortas são utilizados materiais oriundos de uma cooperativa de reciclagem de São Paulo. Os legumes, verduras e ervas medicinais, assim como adubo, terra e material orgânico, vem de agricultores familiares previamente cadastrados pela startup. A inovação fica por conta do esquema tecnológico de irrigação e sensores que podem ser acionados remotamente, por aplicativo de celular. Através dos sensores são enviadas informações desde a liberação da quantidade de água específica para cada planta até o estágio de desenvolvimento da horta, indicando a época certa para a colheita.

Imagem: Horta das Corujas

Conforme informado pela idealizadora do negócio, Edileusa Andrade, o custo para instalação das hortas ficaria em torno de R$ 150,00 por metro quadrado. A manutenção mensal seria realizada por até R$ 40,00 por metro. Visando uma missão social, as pessoas responsáveis pela manutenção das hortas seriam mulheres refugiadas.

 

Com informações de: Folha de São Paulo, ONU Brasil, Página 22 e Revista Globo Rural

 

 

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