Toque de Simplicidade e Sabor para sua Ceia Vegana: Receita de Panetone de Assadeira
É um período de ceias e é também, mais uma oportunidade para inserir sabores veganos no cardápio de festas e na vida diária.
Promover a opção vegana é estimular compaixão, respeito, cuidado aos animais e ao meio ambiente. Somos criativos e capazes de transformar hábitos quando mudamos nossa forma de enxergar a alimentação. Ousar, ir além e experimentar é a chave para aqueles que desejam fazer a transição ao veganismo.
Um bom discernimento sobre a amplitude do conceito real de sustentabilidade aliado a uma boa dose de empatia, gera sábias decisões e impactos positivos e significativos. Começar pela alimentação é uma forma linda de iniciar uma jornada bem interessante!
Vamos à receita?
Panetone de Assadeira (com pera e uva passa)
Para uma assadeira de furo central pequena, que rende 10 pedaços, use:
2 peras cortadas em cubo (opte por peras duras)
1 xícara de uva passa roxa
2 xícaras de farinha de trigo
10g de fermento granulado para pão
1 xícara de açúcar demerara
1 colher de sopa de essência de panetone
½ xícara de óleo de coco
1 pitada de sal
½ xícara de água morna
Modo de Preparo:
Coloque o fermento, 1 colher de sopa de açúcar demerara, 1 pitada de sal e a água morna em uma bacia. Mexa delicadamente dissolvendo o fermento.
Acrescente 1 colher de sopa cheia de farinha de trigo e integre ao fermento. Deixe descansar.
Numa panela, coloque as peras e 1 colher de sopa de açúcar demerara. Em fogo baixo, vá mexendo as peras e acrescente 100 ml de água. Coloque também as uvas. Tampe e deixe cozinhar por uns 3 minutos.
Mexa novamente e acrescente 3 gotas de essência de panetone. Quando a pera amolecer (mas não desmanchando), desligue. Deixe descansar e amornar bem.
Na bacia com fermento, coloque o óleo de coco, o restante do açúcar demerara e da farinha de trigo. Junte as peras e as uvas. Integre-as bem à massa.
Use as mãos e polvilhe um pouco mais de farinha de trigo para misturar os ingredientes. Sove delicadamente. A massa é mole e grudenta mesmo. Deixe descansar por 20 minutos.
Pré aqueça o forno em 180 graus. Unte a assadeira de furo central, com óleo e coloque a massa, soltando pedaços pra cobrir todo o círculo. Leve ao forno.
Deixe assar por 25 a 30 minutos ou até dourar.
Espere esfriar. Solte bem as laterais com auxílio de uma faca e desinforme.
Dica: Coloque nozes, frutas cristalizadas, faça em forminhas de panetone se preferir. Opte também por gotas de chocolate vegano (nem sempre é fácil de encontrar).
Ótimo para tomar um bom café natalino com amigos e família!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
AMORES, Valéria. Toque de Simplicidade e Sabor para sua Ceia Vegana: Receita de Panetone de Assadeira. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/sabor-para-sua-ceia-vegana-receita-de-panetone-de-assadeira.html>.
Como o Retrofitting de máquinas evita o descarte de equipamentos
Retrofitting é um termo em inglês que significa reforma. Não uma simples restauração, mas também a modernização da máquina, o que envolve a substituição de peças, a troca de partes que estejam obsoletas, avaliação de itens de segurança, pintura, inserção de componentes eletrônicos e a automatização da máquina quando possível. Além de aumentar a vida útil do equipamento, o retrofitting evita que ele seja descartado.
O retrofitting tem acontecido com sucesso no Brasil em máquinas como motores, turbinas, geradores e redutores, entre outros. O intuito é além de manter as características principais da máquina, também alcançar benefícios como o aumento da produtividade, redução de riscos e paradas não programadas, bem como integração em rede quando for o caso.
É claro que antes de definir pela troca ou retrofitting da máquina é preciso realizar um estudo de viabilidade, pois cada equipamento é singular. No artigo “Como decidir entre retrofit ou troca da máquina injetora?” (clique aquipara acessar) você pode entender melhor como fazer essa definição tendo como exemplo uma injetora.
Segundo a Manutec, empresa de Piracicaba (SP) que faz retrofitting de máquinas, para realizar este serviço é necessário fazer um estudo do processo produtivo da empresa e definir aonde se quer chegar com a modernização das máquinas e verificar se há possibilidade técnica para isso. Precisa ser levado em consideração ainda as peças fundamentais para , a adequação, o processo de desmontagem e montagem e se há condições de modernização. É importante também medir o retorno do retrofitting, seja calculando o ROI (Return Over Investment, retorno do investimento, em português), o payback ou ambos. No site da Fersiltec Automação Industrial(clique aqui para acessar) eles ensinam como fazer.
Iniciativas como esta têm sido cada vez mais recorrentes, visto que, com a rápida evolução tecnológica, em pouquíssimo tempo um equipamento ou uma máquina passam de moderno para desatualizado, exigindo uma ação por parte daqueles que querem se manter atualizados e eficientes.
Se você quer um case de retrofitting para entender na prática como funciona, então clique aqui e confira esse material do Grupo TGM contando sobre o serviço prestado por eles para a Raízen em seis turbinas de grande porte.
É importante lembrar que há tipos diferentes de máquinas e equipamentos e a escolha da empresa que prestará o serviço deve levar em consideração sua expertise para que o retrofitting aconteça da melhor forma.
Conhece algum exemplo de retrofitting para compartilhar com a gente ou ficou com alguma dúvida? Então comenta aqui!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
LOPPNOW, Stephani. Como o Retrofitting de máquinas evita o descarte de equipamentos. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/como-o-retrofitting-de-maquinas-evita-o-descarte-de-equipamentos.html>.
Derramamento de Óleo na Costa Brasileira e Responsabilidade Ambiental
Desde o final de agosto de 2019, o litoral brasileiro foi atingido por uma imensa mancha de óleo, que já é considerado um dos maiores desastres ambientais da história em termos de extensão. Isso porque as manchas de óleo atingiram até hoje 675 localidades de 116 municípios de todos os Estados do Nordeste, do Rio de Janeiro e Espírito Santo [1].
Os mais de dois mil quilômetros de extensão no litoral brasileiro atingiram também 14 Unidades de Conservação. Segundo a Marinha brasileira, mais de 4,5 toneladas de óleo haviam sido retiradas até 20 de novembro das praias nordestinas, que sempre foram consideradas cartões-postais brasileiros [2].
Diante do caso retratado, pairam as perguntas: “Afinal, quem são os responsáveis?”; “Como seria possível responsabilizá-los?”.
A primeira pergunta ainda é uma incógnita, tendo de forma imprecisa o Ministro de Meio Ambiente acusado ONGs [3] sem nenhum tipo de comprovação mais criteriosa e as suspeitas sobre o navio Boubolina, de bandeira grega, citado em decisão judicial [4].
Já no que se refere à segunda pergunta, é possível traçar alguns parâmetros. No Brasil, o sistema normativo em geral dispõe sobre a tríplice responsabilidade no corpo do texto constitucional: responsabilidades administrativa, responsabilidade criminal e responsabilidade cível (art. 225, § 3º CF/88).
Em relação ao derramamento de óleo, a Lei nº. 9966 de 2000 trata, especificamente, sobre a necessidade de prevenção e planos de emergência para tais casos de derramamento de óleo, o que também é amparado por diversos Tratados e Convenções internacionais (Marpol 73/78, Convenção Internacional sobre Mobilização de Recursos, Resposta e Cooperação contra Poluição por Óleo – OPRC/1990, Decreto Federal 2870/1998 e CLC/69: Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo, de 1969).
A Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) também trata do tema. As multas, aliás, podem chegar até 50 milhões de reais (art. 61 do Decreto nº. 6.514/2008) para os responsáveis que podem, simultaneamente, responder criminalmente com penas de 1 a 4 anos (art. 33), sendo agravadas conforme o caso.
A estrutura normativa punitiva por si só, porém, não resolve o problema por completo, já que, se trata de um problema maior de reestruturação do poder de fiscalização e conscientização de uma cultura em prol de um meio ambiente mais sustentável. Por outro lado, os responsáveis devem ser identificados e respostas ainda precisam ser preenchidas para que, mais uma vez, “acidentes” e “incidentes” não sejam repetidos ano após ano.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
PIRES, Felipe. Derramamento de Óleo na Costa Brasileira e Responsabilidade Ambiental. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/derramamento-de-oleo-na-costa-brasileira-e-responsabilidade-ambiental.html>.
Pesquisadores transformam garrafas PET em membros protéticos
Pode-se economizar milhões e ajudar a combater a poluição ao mesmo tempo.
A pesquisa liderada pelo professor Karthikeyan Kandan, do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade De Montfort Leicester, no Reino Unido, fabricou com sucesso o primeiro soquete protético de membro feito de garrafas PET recicladas.
A ideia é supersimples e envolve a economia circular do plástico, ressignificando os resíduos plásticos! Uma ótima solução para um problema global. São cerca de 1 milhão de garrafas PET são vendidas a cada minuto. Mas apenas 7% são recicladas, com o restante vazando para aterros ou nos oceanos.
Mas como é feito?
Tritura-se as garrafas PET. Este material granulado é aquecido, gerando fios de plástico que são injetados em moldes de membros protéticos. O material formado é bem sólido, porém bastante leve.
As próteses de plástico reciclado foram testadas por dois pacientes na Índia, um dos quais com a perna amputada acima do joelho e a outra abaixo. Ambos ficaram impressionados com a leveza e a respirabilidade do material, além da facilidade de andar da prótese.
O objetivo da pesquisa é resolver a lacuna entre próteses de alto desempenho que custam milhares de libras e próteses acessíveis que não têm conforto, qualidade e durabilidade – especialmente para amputados em países em desenvolvimento.
Usando esse método, o custo de produção de um soquete protético cai vertinosamente. Enquanto um soquete protético convencional custa alguns milhares de libras, um soquete feito de PET reciclado custa apenas 10 libras (cerca de 55 reais).
Estima-se que mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo tiveram um membro amputado. No Brasil, são mais de 470 mil pessoas e as principais causas de amputação de membros inferiores são diabetes e acidentes de trânsito, de acordo com a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).
A pesquisa também contou com a participação e o apoio da maior organização do mundo para a reabilitação de pessoas com deficiência, o Bhagwan Mahaveer Viklang Sahavata Samiti (BMVSS) em Jaipur, Índia, além de especialistas em próteses do mundo inteiro.
Atualmente, o professor Kandan está realizando testes em larga escala com pessoas de diferentes países para adaptar o material de forma a atender individualmente os pacientes.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
SOUZA, L. B. Leonardo. Pesquisadores transformam garrafas PET em membros protéticos. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/pesquisadores-transformam-garrafas-pet-em-membros-proteticos.html>.
Cafeteria feita de Papelão Reciclado? Ela já existe e fica em Mumbai, na Índia
Uma cafeteria feita de papelão reciclado? Por mais inusitada que a ideia possa parecer, ela já é uma realidade! Localizada em Mumbai, na Índia, a Cardboard Bombay é uma cafeteria que utiliza papelão reciclado em boa parte de suas instalações: cadeiras, mesas, luminárias e até mesmo nas paredes onduladas.
A Cardboard Bombayé um ótimo exemplo de como ações para conter a emergência climática podem ser realizadas em nossas vidas. A escolha pelo papelão para reuso e reciclagem com ajuda de ecodesign mostra como a sustentabilidade pode ser pensada em um modelo de negócios e não apenas como ações pontuais em empresas ou como um setor que dificilmente se comunica eficazmente com os demais setores de uma empresa.
Yung e Bhavvna Dhanani, socio-fundadores daCardboard Bombay, queriam unir sustentabilidade, criatividade e originalidade em seu empreendimento e por isso procuraram o escritório de arquitetura NUDES, especializado na criação de ambientes inovadores com a utilização de materiais inusitados como o papelão. Nuru Karim, fundador, arquiteto e designer principal do NUDES, desenvolveu o projeto juntamente com sua equipe em um processo que levou ao todo 7 meses para ser finalizado.
A escolha pelo uso de papelão 100% reciclado e biodegradável foi segundo entrevista de Naru ao site Condé Nast Traveler a oportunidade de “inovar com um material muito humilde que muitas pessoas usam para embalagem e, portanto, com a idéia de usar o método ‘Matriz Paramétrica’ para dar maior grandeza ao material”. Sustentabilidade, versatilidade, durabilidade e capacidade de absorção de sons também foram outros importantes fatores para a escolha do papelão por Naru, já que, esses fatores se demonstraram essenciais para o ambiente de uma cafeteria. Após intensas pesquisas de protótipos e testes de exposição à água, umidade e mudanças de temperatura com o material, iniciou-se a fase de montagem das peças (essa parte do projeto foi a que demandou mais tempo, ao todo 4 meses dos 7 meses totais de desenvolvimento do projeto).
Você deve estar se perguntando: “Como é possível o uso de papelão em um ambiente que trabalha com líquidos?”; “O papelão resiste a exposição à água e outras bebidas?”; “Não vai molhar?”.
Graças à impermeabilização com cera, as superfícies das mesas não absorvem água ou qualquer tipo de líquido que seja derramado. Essa camada de cera também permite que todo o ambiente da cafeteria esteja sempre limpo e higienizado, já que, não há problemas para a limpeza.
Além disso, a cafeteria Cardboard Bombay tem um incrível efeito visual e a ilustradora Tanya Eden foi a responsável por isso. Para tal ela usou ondas e formas sinuosas nas cadeiras, paredes e luminárias, criando a sensação de movimento por toda a cafeteria.
E não para por aí! A Cardboard Bombay também é especializada em servir refeições orgânicas e de origem local, fortalecendo a economia local e respeitando o ciclo natural de produção agrícola.
Incrível essa cafeteria, não é mesmo? Já estamos com vontade de conhecê-la! E você?
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
ABREU, Nathália. Cafeteria feita de Papelão Reciclado? Ela já existe e fica em Mumbai, na Índia. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/cafeteria-feita-de-papelao-reciclado-ele-ja-existe-e-fica-em-mumbai-na-india.html>.
Moda sustentável, upcycling e redução de resíduos têxteis da indústria da moda – conheça a Oficina MUDA
Estamos em dezembro e o final do ano vem carregado de diversos significados para muitas pessoas. Alguns utilizam a época para uma espécie de balanço pessoal acerca de tudo que viveu durante o ano; outros começam a focar os objetivos para o próximo ano e planejar as futuras ações; mas, para muitos essa época ainda representa, infelizmente, a oportunidade perfeita para o consumo desenfreado estimulado tanto pela mídia quanto pelos círculos sociais em que estão inseridos.
Esses “incentivos” geralmente estimulam a manutenção de padrões de consumo (ou a oportunidade de alcançá-los) que normalmente vêm descolados da realidade de muitas pessoas e, dificilmente, proporcionarão a tal prometida felicidade, realização ou mesmo aceitação. Podemos identificar claramente um desses “incentivos” na indústria da moda fast fashion que utiliza a ideia de renovação que o ano novo representa para incentivar cada vez mais o consumo por peças de roupas que, em muitos casos, as pessoas nem estejam realmente necessitando. O que gera, além de muitos problemas socioambientais, o fenômeno da renovação massiva do guarda-roupa.
Já falamos aqui no Autossustentável o quanto a indústria da moda fast fashion consume recursos naturais, expondo, muitas vezes, trabalhadores a condições de trabalho forçado e desumano e devolvendo ao meio ambiente poluição na forma de resíduos têxteis e poluição de rios, mares e oceanos por tingimento de tecidos, por exemplo. Você pode ler mais sobre o assunto nas seguintes matérias:
175 mil toneladas de resíduos têxteis são geradas anualmente pela indústria da moda no Brasil, conforme informações da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil).
Diante desse cenário é difícil não se preocupar, já que a tendência é que esse número aumente conforme aumentam a produção e o consumo. Mas calma! Ainda podemos mudar isso! Como? Primeiramente buscando mais informações sobre consumo consciente e sabendo que cada um de nós possui responsabilidade nesse ciclo de descarte contínuo e crescente de resíduos têxteis. Então atenção a algumas dicas para o consumo consciente de roupas (clicando aqui você confere as dicas completas):
Atenção aos seus hábitos de consumo
Compre roupas duráveis e de qualidade
Compre menos e escolha melhor
Cuide bem das roupas que você já tem
Conheça brechós e compre roupas de segunda mão
Aceite o desafio de montar um armário cápsula
Doe roupas antigas e sem uso
Apoie marcas éticas
É muito importante dar destaque para marcas que se propõe a trabalhar com o modelo slow fashion e dando novos significados ao ato de consumir, prezando pela ética e pelo meio ambiente. Por isso, hoje, vamos apresentar a Oficina MUDA que nasceu com o propósito de influenciar positivamente o comportamento das marcas e dos consumidores, reduzindo os impactos ambientais da indústria da moda.
Fundada sobre o conceito do upcycling, um dos princípios do Ecodesign, a MUDA cria novas peças exclusivas a partir de resíduos têxteis, que antes eram considerados lixo e descartados, gerando problemas ambientais, como mencionado anteriormente.
Através da seleção, análise, reaproveitamento, tratamento e transformação das peças de descarte de marcas parceiras são criados novos produtos (além de peças de roupa, são criados vários tipos de produtos como acessórios, almofadas, capas para marmita e necessaires) que são vendidos com preço diferenciado. Sim! Os preços são mais acessíveis justamente para incentivar esse movimento pelo consumo consciente no setor de moda.
Com isso, cria-se um ciclo fechado no setor para garantindo um novo ciclo de vida a materiais (resíduos têxteis, acessórios e matérias-prima não utilizados completamente pelas marcas parceiras) que seriam normalmente descartados.
“TODA MUDA, MUDA O MUNDO!” E realmente muda! Com o upcycling baseado na gestão sustentável dos resíduos sólidos das marcas parceiras, a Oficina MUDA já ressignificou 45 mil peças, aproximadamente 12 toneladas de produtos com novo ciclo de vida.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
ABREU, Nathália. Moda sustentável, upcycling e redução de resíduos têxteis da indústria da moda – conheça a Oficina MUDA. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/moda-sustentavel-upcycling-e-reducao-de-residuos-texteis-da-industria-da-moda-conheca-a-oficina-muda.html>.
Autossustentável, eu?
A cada final de ano reavaliamos nossa trajetória. Como no GPS do carro, recalculamos rotas e tentamos encontrar os melhores caminhos e decisões para que no próximo ano possamos chegar mais próximos do nosso sonho, meta ou objetivo.
Durante muitos anos estive repensando vários aspectos e buscando a minha autossustentabilidade em todos os sentidos (financeira, pessoal, afetiva, psicológica…). Pois é, sempre que pensamos em sustentabilidade tendemos a pensar sobre nós e a natureza; sobre preservação do ambiente no qual vivemos; ou sobre a defesa de espécies em risco de extinção. Mas, vai muito além.
A autossustentabilidade que estou buscando é mais completa e mais profunda. Quando falo em financeiro, por mais que eu me torne autônoma ou empresária, ainda assim dependo dos clientes; então não serei autossustentável a este ponto. Mas posso sim fazer esforços para criar um lastro financeiro que me ampare por alguns meses ou até anos, caso eu precise. E isso precisa entrar no meu planejamento anual, caso contrário nunca terei liberdade financeira para “chutar o balde” ou passar um período me dedicando aos estudos, caso eu queira.
Mais do que isso, a liberdade financeira vem de mãos dadas com a segurança. Observo diariamente pessoas chegarem ao escritório cheias de receios quanto à Previdência Social ou aos Institutos de Previdência. Esta insegurança tem uma origem bem definida: uma vida inteira de sonhos com a aposentadoria foi confiada a um único local e sobre o qual eles não possuem mais controle.
Aqueles que buscam informações financeiras e econômicas sabem que nunca devemos colocar todas as fichas em um único tipo de investimento. Então, em relação a todos os nossos sonhos e expectativas com o futuro, em quem estamos confiando? Em um órgão estatal? Em um banco? Em uma financeira? Quantos de nós poderia dizer que possui controle real sobre o que acontece com o seu dinheiro mensalmente?
Quando pensamos em sustentabilidade/ sustentar, estamos sustentando a quem ou o que com nossos (tão preciosos e, na maioria das vezes, escassos) recursos financeiros?
Esse deve ser o raciocínio inicial antes de começar um plano de previdência privada, por exemplo. Afinal, neste tipo de aplicação estamos juntando dinheiro para o futuro, mas pagando taxas administrativas que às vezes contraindicariam o investimento. Em quem você confiaria para ficar com as suas economias por 20 ou 30 anos?
E não é apenas isso, todos os dias você escolhe investir em um comerciante específico, em produtos, em produtores, em marcas. Que retorno elas trazem a você? Vale mesmo a pena pagar o triplo por um produto que tem uma marca específica? E, em contraponto, você acredita mesmo que um produto vendido a um preço irrisório está trazendo benefício para todos os envolvidos (desde trabalhadores, produtores, fornecedores, comerciantes e consumidores)?
Enfim, estamos em um momento de reavaliação dos nossos conceitos de futuro, de confiança, de sustentabilidade, de investimento, de previdência e solidariedade. Nossas decisões a partir de agora, e mais do que nunca, serão de nossa inteira responsabilidade. Chegou a hora de assumir as rédeas da nossa realidade financeira atual e futura. Vamos nos preparar para uma autossustentabilidade?
Que venha 2020! Meus votos são de que possamos neste novo ano respirar fundo e aceitar o desafio de sustentar a nossa realidade e no nosso futuro! Que possamos ter saúde, dinheiro e alegria! Que possamos fazer as pazes com as nossas escolhas!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
Conversando com muitas pessoas ultimamente, percebi um sentimento relativamente comum: “Nossa, esse ano foi muito pesado”.
Se você for uma pessoa minimamente preocupada com questões socioambientais, o ano deve ter sido especialmente difícil para você também. Brumadinho, agrotóxicos sendo liberados a cada dia, óleo nas praias do Nordeste, Amazônia em chamas e o desmoronamento de instituições e políticas ambientais. É inevitável não se abalar com tudo isso.
Mesmo com a pausa dos recessos e festas de final de ano, 2020 ainda não apresenta perspectivas de ser muito diferente. Sendo assim, estou buscando algumas estratégias para tentar não ser tão engolida novamente.
Autocuidado
Pessoas ativistas e ambientalistas se preocupam muito com o bem-estar coletivo e com o planeta todo, e, muitas vezes, se esquecem de cuidar de si mesmas. Não salvaremos o mundo se nossa própria saúde, mental e física, estiver comprometida. Academia, meditação, terapia, cuidar de uma horta, qualquer coisa que proporcione autocuidado será útil para 2020.
Coletivos
O encontro com outras pessoas que compartilham o mesmo propósito é algo que me fortalece bastante. É importante nos conectarmos, trocarmos, compartilharmos e nos sustentarmos coletivamente para os desafios que ainda virão.
Estudo
O conhecimento, a ciência e a educação andam sendo muito negligenciados em alguns espaços. No entanto, ainda segue sendo uma das nossas principais forças. A busca pelo conhecimento e por cada vez mais estudo não pode estar de fora das prioridades para o próximo ano.
Comunicação Não Violenta
O diálogo sempre foi e sempre será um recurso essencial nas transformações urgentes e necessárias. Em uma sociedade polarizada, é importante fortalecemos a comunicação não violenta, a empatia e o respeito.
Inspiração
Em tempos repletos de desafios, buscar inspirações positivas pode ser um grande conforto e fonte de energia. Para aqueles que estão conseguindo realizar coisas boas em meio ao caos, é importante compartilhar suas conquistas para servir de inspiração a outras pessoas.
Sou uma pessoa muito positiva, otimista e que acredita no amor, no altruísmo e que as coisas vão melhorar. Ainda assim, esse ano me impactou bastante e precisei criar estratégias para não perder minha energia para seguir em frente.
Vamos nos fortalecer juntos? Quais têm sido suas estratégias?
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
RIBEIRO, Livia. 2019 também te engoliu?. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/12/2019-tambem-te-engoliu.html>.
É hora de trazer de volta a Natureza
O que fizemos com a natureza? O mundo natural esta ao nosso redor, acima, abaixo e dentro de nós. E ainda assim banimos seu mistério e beleza de nossos pensamentos e ações, de nossas vidas.
À medida que nos aproximamos do “que vem a seguir” para a espécie humana, começamos a perceber a necessidade de nos adaptarmos e evoluirmos, trabalharmos com a natureza em vez de contra ela, para garantir o nosso lugar dentro de uma história que é maior do que todos nós.
É hora de trazer de volta a natureza, convidá-la para nossas vidas, de todas as diferentes maneiras que podemos pensar: para nossa terra, para nossos corpos, para nossas almas, em nossas histórias, na forma como vivemos e trabalhamos, para nossa cultura.
Mas, como podemos trazer de volta a natureza? Como nos aproximamos disso? Como nos reanimamos?
Por que não “viajar” para um lugar “onde as coisas selvagens estão”? Um lugar suspenso no tempo e no espaço. Um lugar onde as lições são dadas para guiar nosso caminho de volta à nossa natureza selvagem.
Mitologia é este caminho para naturalizar o que deve ser selvagem em nós. O caminho para o nosso próprio “mundo perdido”. Histórias carregam elementos vitais que podem nos ensinar sobre a condição de nossas vidas e do planeta Terra. As histórias que precisamos agora chegaram, perfeitamente a tempo, cerca de cinco mil anos atrás. Vamos começar a recordar?
Voltamos a um lugar onde a força criativa e o fluxo da natureza não conhecem limites, onde animais extintos e selvagens vagueiam livremente. Este é um lugar onde você não sabe bem o que esperar, um lugar cheio de surpresas, mistérios e tesouros. Um lugar que pode evocar um profundo desejo em você e um sentimento esmagador de pertencer à terra.
Atualmente estou oferecendo programas educacionais para explorar histórias, mitos antigos e atividades de conexão da natureza que nos aproximam de nossos próprios sentimentos e pensamentos sobre pertencer a natureza.
Realizo essas vivências e cursos em Shanghai, na China. Porém, deixo aqui 2 livros que tem um espaço especial em minha jornada para quem quer fazer este movimento de se reconectar com o Ser selvagem através de histórias.
Você pode se conectar comigo online também. Deixe um comentário ou me mande uma mensagem que será um prazer conversar sobre mitologia e natureza com você! Email: mariaeduardamsouza@outlook.com
Xingu: os índios, seus mitos por Claudio e Orlando Villas Boas. Este livro é uma coleção de histórias e mitos testemunhadas e recontadas pelos irmãos Villas Boas durante suas expedição ao Território Indígena do Xingu. Leia mais um pouco sobre o Jeito Indígena de Ser, clicando aqui.
Mulheres Que Correm Com os Lobos por Clarissa Pinkola Estés. Este livro interpreta mitos e contos de fadas na busca pelo arquétipo da mulher selvagem. A cada capítulo uma história é contada e interpretada como iniciação e lição.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
SOUZA, Maria Eduarda. É hora de trazer de volta a Natureza. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/e-hora-de-trazer-de-volta-a-natureza.html>.
Por dentro das Sacolas Ecológicas
Eu sempre gostei das sacolas ecológicas (também conhecidas como ecobags) principalmente pela questão ambiental, mas sem desprezar também, a capacidade que elas possuem para acomodar conteúdos e a resistência que apresentam. A mim, pelo menos, nunca foi uma questão de estampa ou estilo. Lembro que a primeira que ganhei foi num congresso de educação e nem era muito bonita. Mas, tenho até hoje.
Quantos de nós caminhamos pelos supermercados com nossas sacolas ecológicas? Felizmente, hoje vemos muitas pessoas aderindo a tal prática e certamente que tal atitude é fruto de uma mudança de consciência diante do cenário ambiental e da quantidade de plásticos em nossos oceanos.
Ocorre, que em uma observação mais profunda que fiz numa destas caminhadas diárias entre gôndolas e prateleiras em busca de produtos básicos, notei um aspecto importante: “Muito bem! Temos nossas sacolas ecológicas, mas qual é o conteúdo destas sacolas? Será que eles contribuem com o cuidado ambiental? Será que eles coexistem com nossa “intenção de mudar o mundo”? Será que a mudança de consciência é realmente algo presente ou estamos mais engajados no aspecto de fazer parte de um contexto de moda sem saber muito o que é? Agir de modo mecânico, ainda preservando o sujeito consumista inconsciente que habita em nós?”
Outra reflexão interessante: Nossas escolhas alimentares diárias se ajustam ao uso de sacolas ecológicas? Combinam?
Obviamente que as sacolas ecológicas são importantes e necessárias, mas, sem um conteúdo interno de valor, elas parecem ter apenas um “preço”. E este, continua sendo alto para o planeta.
O conteúdo propriamente dito
Quando a sacola ecológica abriga várias embalagens plásticas que vão desde saquinhos para legumes até potes plásticos de biscoito, uma parte da proposta de cuidado ambiental já se foi. Muitos produtos são vendidos somente em embalagens plásticas, é certo, mas, será que não podemos, neste quesito, observar quais são as marcas e empresas que vendem a mesma coisa através de embalagens mais ecológicas e via políticas ambientais internas sérias e reais?
Outro ponto: Será que já buscamos nos arredores, o artesanal do mesmo produto? Por vezes, existem marcas mais organizadas e coerentes no contexto ambiental e vale a pena pesquisar, mesmo que saiamos de nossa zona de conforto.
Já me deparei com produtos excelentes em embalagens ecológicas e de marcas que a princípio eu pouco confiava. Podemos nos surpreender e por isso, a palavra de ordem é experimentar e ir fomentando também o artesanal, a economia local.
Carnes e demais derivados não combinam
Não é mais segredo para ninguém que uma alimentação a base de carnes e derivados é nociva ao planeta, e sem fantasiar ou impor, os dados são científicos e comprovados. O problema também é político. O ponto assertivo? As queimadas aumentaram este ano e não porque são “naturais” do local, mas porque há um consumo e para manter tal consumo, é preciso desmatar. Consumir financia ações.
Quando se preenche uma sacola ecológica com produtos do desmatamento, a proposta da sacola também deixa de existir.
Vale para o agro que nunca foi “Pop”: Legumes e verduras vindos de uma produção em massa também descontextualizam em parte, nossa jornada para um lado mais eco da vida.
Feiras orgânicas e produtos bem escolhidos
A sacola ecológica cumpre seu papel nas feiras orgânicas e quando encontra produtos de mercado que são escolhidos de maneira consciente. Aqui, vale ignorar aquela tangerina, melão, kiwi, maçã – tudo já separado e embalado – na bandeja de isopor com plástico filme que alguns mercados insistem em vender. Frutas que já trazem consigo, excelentes embalagens: a própria casca!
Optar pelo vidro também é uma boa, no caso de alguns ingredientes. Dá para reaproveitar.
E de onde vem sua sacola, afinal?
Ao optar por uma sacola ecológica é importante pensar na intenção e perceber o real estado de consciência, a abertura ao simples e ao necessário para que o benefício proposto pelo uso da sacola se concretize. Se sustentável por dentro, de fato é sustentável por fora, para o planeta. Do contrário, acaba sendo só um curativo de causas mais profundas. Um objeto de carregar posses.
Dica: Vale perceber se a sacola que está em uso, não fomenta a própria indústria que extermina o meio diariamente. Para o meio ambiente em colapso, prestar atenção na marca, conta. Afinal, muitos empresários criaram sacolas para continuar vendendo suas tangerinas descascadas.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
AMORES, Valéria. Por dentro das Sacolas Ecológicas. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/por-dentro-das-sacolas-ecologicas.html>.
Conheça o Ciclo Orgânico: uma empresa que recicla o seu lixo e transforma em adubo
Como é a sua relação com o lixo? Você tem consciência do que produz, ou apenas descarta sem saber o destino final? Você sabe que na lixeira de cada um de nós existe uma riqueza enorme?
Isso mesmo, um verdadeiro tesouro, que nos habituamos a chamar de lixo e a tratá-lo como um verdadeiro problema ambiental!
O Ciclo Orgânico surgiu em 2015 com o propósito de dar uma solução fácil, prática e local para que qualquer pessoa mude o destino do seu lixo orgânico. A empresa oferece o serviço de coleta resíduos orgânicos feito através de bicicleta, a compostagem e a venda do composto orgânico.
VOCÊ SABE O QUE É COMPOSTAGEM?
Compostagem é o nome do processo de decomposição de matéria orgânica (principalmente restos de frutas, verduras e legumes). O resultado desse processo é o adubo, que é usado para a fertilização do solo. A compostagem é realizada por micro-organismos e animais invertebrados, que, na presença de umidade e oxigênio, se alimentam dessa matéria e propiciam que seus elementos químicos e nutrientes voltem à terra. Esta técnica vem sendo utilizada há mais de cinco mil anos pelos chineses.
Este processo enriquece a terra em nutrientes para plantas; evita queimadas que poluem o ar; melhora a estrutura do solo; melhora a drenagem e retêm água nos solos arenosos e redução da necessidade de usar herbicidas e pesticidas.
Você assina um dos diferentes planos de coleta (semanal, quinzenal ou mensal) e recebe um baldinho para separar o seu lixo orgânico. Ao final do período de assinatura é realizada a coleta, feita unicamente por bicicletas, o que zera as emissões de CO2 durante a logística.
O seu lixo então vai para composteira local, mais próxima de sua residência, em vez do aterro. Menos lixo é igual a menos poluição: no solo, na água e no ar. E no final do mês você ainda recebe recompensas! São 2 kg de Composto Orgânico, um pacotinho de sementes diferentes a cada mês e ainda contribui doando mais 2 kg do adubo para uma horta comunitária.
Gostou da iniciativa e quer saber mais sobre o Ciclo Orgânico?
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
SOUZA, L. B. Leonardo. Conheça o Ciclo Orgânico: uma empresa que recicla o seu lixo e transforma em adubo. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/conheca-o-ciclo-organico-uma-empresa-que-recicla-o-seu-lixo-e-transforma-em-adubo.html>.
Como descartar corretamente resíduos eletroeletrônicos?
Todos nós geramos resíduos ao longo da vida, é algo inerente à nossa sociedade baseada em consumo e rotina cada vez mais alucinantes. E isso acaba nos afastando de um modo de vida mais natural e saudável, seja fisicamente ou mentalmente. Além de comprometer cada vez mais a nossa casa, já que, exploramos recursos naturais, consumimos produtos e descartamos os resíduos em velocidade e quantidade maiores que o planeta é capaz de suportar.
Os resíduos que produzimos, assim como nosso modo de vida, têm ficado mais complexos com o passar dos anos, o que pode ser encarado com pessimismo ou otimismo, tudo dependerá do quão responsáveis e conscientes formos para lidar com essa situação.
Vamos aos fatos:
O Brasil está atualmente entre os sete maiores produtores de resíduos eletrônicos do mundo, sendo o país que mais gera esses resíduos na América Latina, conforme dados do relatório “The Global E-waste Monitor 2017” desenvolvido pela ONU. China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha, Reino Unido e Brasil são, nessa respectiva ordem, os maiores produtores de resíduos eletrônicos.
Apesar da denominação mais comum ser a de lixo eletrônico ou e-lixo, precisamos entender que lixo é apenas aquilo não podemos reaproveitar, reutilizar ou reciclar. Por isso, as cerca de 1,5 milhão de toneladas de resíduos eletrônicos produzidas no Brasil no ano de 2016 devem ser corretamente denominadas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE), aproveitando todo o potencial de reutilização e reciclagem que esses resíduos possuem.
O que seriam os REEE?
Basicamente tudo que utilizamos em nosso estilo de vida atual, como por exemplo: Tvs, geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, chuveiros, microondas, máquina de lavar, secadoras, aparelhos de som, vídeo games, celulares, carregadores, controles, computadores, laptops, mouses, teclados, HDs, CPUs, impressoras, modem, monitores, fones de ouvido, lâmpadas, secador de cabelo, dentre vários outros eletroeletrônicos que podem ser encontrados em nossas casas. Também não podemos esquecer que a indústria também é geradora de REEE e que, assim como nós, precisa dar a destinação correta a esses equipamentos devido aos riscos de contaminação e poluição que os mesmos possuem para a natureza e para a nossa saúde.
Como descartar corretamente?
Primeiramente devemos separar os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) do restante dos resíduos que geramos. Por conterem materiais tóxicos em sua composição, os eletroeletrônicos não devem ser descartados no lixo comum.
Várias empresas e marcas, principalmente às ligadas à tecnologia, possuem programas e projetos voltados para a reciclagem e para a logística reversa de seus produtos. No entanto, a destinação correta dos REEE ocorre em sua grande parte por ação do consumir consciente. Talvez se existissem mais incentivos ao público consumidor, esse descarte seria feito de forma mais eficaz e eficiente.
Então, a dica para descarte correto é verificar se a marca da qual você adquiriu seu eletroeletrônico possui nos canais de comunicação com o cliente – SAC, site, aplicativos – programas voltados para a logística reversa e/ou reciclagem. Algumas marcas que já estão nessa empreitada são: Acer, Apple, Dell, LG, Motorola, Positivo, dentre outras. Há também as empresas recicladoras que trabalham com a coleta de itens eletroeletrônicos como: Ecobraz, Coopermiti e e-Lixo RJ. E não podemos esquecer do Portal E-Cycle que disponibiliza diversos postos de reciclagem para vários tipos de resíduos, inclusive os REEE – para acessar a ferramenta, clique aqui.
Mesmo com tantas dicas, ainda é difícil encontrar postos de coleta de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos fora da área das grandes capitais, o que é reflexo da PNRS ainda incipiente e do desinteresse de grandes marcas e empresas em atender consumidores de regiões periféricas do país. Mas não vamos desanimar, pois temos, enquanto consumidores e cidadãos, o poder de mudar essa situação: informação, conscientização e exigência de melhores serviços.
Fontes: 1. The Global E-waste Monitor 2017 – clique aqui para acessar. 2. Portal E-Cycle: Tire suas dúvidas sobre a reciclagem de lixo eletrônico. Para acessar a matéria clique aqui. 3. Ciência Hoje: O valor do ‘lixo’ eletrônico. Para acessar a matéria clique aqui. 4. Tech Tudo: Brasil é o líder de produção de lixo eletrônico na América Latina. Para acessar a matéria clique aqui. 5. Olhar Digital: Reciclagem de eletrônicos é cada vez mais necessária. Para acessar a matéria clique aqui. 6.SEBRAE: Lixo Eletrônico: soluções inovadoras para o descarte. Para acessar a matéria clique aqui.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
O óleo de cozinha é um daqueles ingredientes que estão presentes em praticamente todos os tipos de preparo de alimentos. No caso de frituras, o óleo é indispensável e utilizado em grandes quantidades. Ele pode ser reutilizado algumas vezes dependendo do tipo de alimento, porém, uma hora ele terá que ser descartado.
Mas, você sabe a forma correta de descartar óleo de cozinha? O grande problema surge quando se pensa em descartar o óleo. Jogar o óleo na pia da cozinha? Na descarga do vaso sanitário? No bueiro da minha rua? Não! Muita gente não sabe, mas o descarte em local indevido do óleo de cozinha pode gerar graves consequências para o meio ambiente.
Apenas um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água potável!
O descarte incorreto provoca impermeabilização do solo, contribuindo para aumento de enchentes e alagamentos, prejuízo à oxigenação e iluminação da água dos rios, causando danos à fauna aquática. Quando entra em processo de decomposição, o óleo libera o gás metano que causa mau cheiro e agrava o efeito estufa. Além de provocar o entupimento das tubulações nas redes de esgoto, aumentando em até 45% os custos de tratamento.
Passo a passo para o descarte adequado
Deixe esfriar o óleo por 30 minutos.
Passe-o para um recipiente com tampa, como uma garrafa pet, por exemplo, utilizando um funil. Armazene o recipiente em local seco, sem contato com calor e vá adicionando óleo usado conforme o consumo.
A reciclagem pode transformar o óleo em resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, produtos de agropecuária e biodiesel. Cerca de 80% do óleo de cozinha usado é convertido em biodiesel. O biodiesel é uma alternativa de combustível que agride menos o meio ambiente.
Muitas pessoas utilizam o óleo usado para fazer sabão. O processo de produção é simples e pode ser feito em casa por qualquer pessoa.
SAIBA O PASSO-A-PASSO DE COMO PREPARAR SABÃO COM ÓLEO USADO:
PRIMEIRO SEPARE OS INGREDIENTES:
500ml de água
1 litro de óleo de cozinha (coado).
250g de soda cáustica
Detergente e sabão em pó (a critério)
MODO DE PREPARO:
Coloque a água para ferver a aproximadamente 70º Celsius. Antes de levantar fervura, retire do fogo e adicione a água à soda cáustica (mas mantenha distância e cuidado, pois podem ocorrer pequenas explosões de gases nessa fase do processo). Depois de misturados, os dois ingredientes, espere, sempre mexendo, até que a soda derreta. Depois de dissolvida, adicione o óleo de cozinha usado (deve estar coado – com esponja de aço ou peneira bem fina – para que não sobre nenhum resíduo). Continue mexendo até a mistura ficar homogênea e um pouco mais grossa.
Durante o preparo, se preferir, pode acrescentar um pouco de sabão em pó, que ajuda a formar espuma, e sabão líquido, que deixa cheiroso e mais macio.
A agitação do líquido deve ser feita entre 30 e 45 minutos, até que a mistura esteja um pouco mais grossa. Depois de pronto, despeje o produto em qualquer assadeira que tenha em casa e que esteja forrada com saco plástico. Leve para o sol e espere secar. Ele fica consistente em torno de dois dias. Aguarde mais 10 dias para utilizá-lo.
CUIDADOS:
O primeiro é na mistura dos ingredientes, que deve ser feita em vasilha plástica. E para mexer os ingredientes não pode ser utilizada colher de metal, e sim de madeira. Não se pode usar nada de metal em nenhum momento do processo, pois ele pode reagir com a soda cáustica.
A soda cáustica pode causar queimaduras, ao dissolvê-la, use luvas e óculos de proteção para evitar acidentes. Faça o sabão longe de crianças e em ambiente ventilado.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
SOUZA, L. B. Leonardo. Como reciclar o óleo de cozinha usado?. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/reciclagem-de-oleo-de-cozinha.html>.
Eles fazem a reciclagem acontecer! Conheça a importância dos Catadores de Materiais Recicláveis
79 milhões de toneladas! Essa é a impressionante quantidade de resíduos sólidos urbanos (composto por lixo doméstico e resíduos de limpeza urbana) gerados no Brasil no ano de 2018, de acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos, relatório feito pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Isso significa que, em média, cada brasileiro produziu 380 kg de RSU (resíduos sólidos urbanos) no ano de 2018.
Ainda de acordo com o relatório da Abrelpe, 92% desse total (o que equivale a 72,7 milhões de toneladas) foram coletados, o que ainda deixa 8% do total destes resíduos sem coleta (ou seja, na prática, 6,3 milhões de toneladas de resíduos urbanos não são coletados). Dos 92% de RSU coletados, 59,5% foram destinados adequadamente para aterros sanitários (o que equivale a 43,3 milhões de toneladas), segundo o referido relatório.
De acordo com a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) – instituída pela Lei 12.305/2010, os catadores e catadoras de materiais recicláveis possuem um papel crucial para a implementação e funcionamento desta política pública. Por isso, não teríamos como iniciar nossa Semana Temática de Reciclagem, sem falar desses importantes profissionais tão primordiais para a reciclagem no Brasil. Sim! É importante ressaltar que esta atividade profissional é reconhecida, desde 2002, pelo (hoje extinto) Ministério do Trabalho e Emprego – atualmente Secretaria de Trabalho, subordinada ao Ministério da Economia.
No entanto estes profissionais ainda encontram diversas dificuldades para exercerem as atividades de coleta de materiais recicláveis. A primeira delas – e também a mais significativa – diz respeito à invisibilidade social sofrida pela categoria, já que, os catadores e catadoras continuam, em sua maioria, exercendo suas atividades na informalidade, principalmente os que trabalham de forma individual. Outra dificuldade enfrentada pela categoria são as condições de trabalho precárias e “muito insalubres, geralmente sem equipamentos de proteção, resultando em alta probabilidade de adquirir doenças”. Isto porque muitas vezes a atividade de coleta de materiais recicláveis é feita em aterros e lixões, o que leva a exposição dos catadores e catadoras “a metais e substâncias químicas, a agentes infecciosos como o vírus da hepatite B, doenças respiratórias, osteomusculares e lesões por acidentes” (GOUVEIA, 2012). Além disso, também há a exploração desses trabalhadores por atravessadores, “que enquanto comerciantes, adquirem esse material por preços irrisórios, caracterizando uma relação de exploração desses indivíduos” (SINGER, 2002 apud PEREIRA; SECCO; CARVALHO, 2014).
Segundo pesquisa realizada pelo IPEA, com base nos dados do Censo 2010, constatou-se a existência de aproximadamente 388 mil catadores de materiais recicláveis em todo o território brasileiro. Entretanto, o Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) acredita que existem de 800 mil a 1 milhão de catadores em atividade. – Informações do Anuário da Reciclagem da ANCAT.
Mesmo com tantas dificuldades, de acordo com o Anuário da Reciclagem da ANCAT (Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis), no ano de 2018 foram coletadas 67 mil toneladas de materiais recicláveis por cooperativas e associações de catadores, o que correspondeu à movimentação econômica de R$ 32 milhões de faturamento dessas organizações acompanhadas pela ANCAT.
O trabalho dos catadores e catadores de materiais recicláveis traz vários benefícios para o meio ambiente, para a nossa saúde e até para o nosso bolso, pois o processo de reciclagem reduz a poluição do solo, da água e do ar, colabora para a redução da emissão de GEE (gases de efeito estufa), reduz o custo de produção; e diminui a exploração de recursos naturais.
Existem várias iniciativas que atuam com o propósito de combater a invisibilidade social sofrida por esses trabalhadores tão importantes e ajudá-los a ter uma renda condizente com o esforço e trabalho árduo que desenvolvem todos os dias para recolher materiais recicláveis. Uma dessas iniciativas é o Cataki (já falamos sobre ele aqui) – uma plataforma digital desenvolvida para aproximar pessoas com consciência ambiental e catadores de materiais recicláveis. O Cataki foi criado pelo Pimp my Carroça, um movimento maravilhoso que vale a pena acompanhar, pois promove a visibilidade social dos catadores, realiza ações criativas com o uso do grafite para melhorar a autoestima desses trabalhadores, e, principalmente, possibilita que eles compreendam o quão valiosa é a atividade que desempenham.
Fontes: 1. Panorama dos Resíduos Sólidos da Abrelpe – clique aqui para acessar. 2. Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) – clique aqui para acessar. 3. Lei 12.305/2010, que instituiu a PNRS – clique aqui para acessar. 4. MMA (Ministério do Meio Ambiente): Catadores de Materiais Recicláveis. Para acessar a matéria, clique aqui. 5. GOUVEIA, Nelson. Resíduos sólidos urbanos: impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso) JCR, v. 17, p. 1503-1510, 2012. Para acessar o artigo, clique aqui. 6. PEREIRA, Ana Carolina; SECCO, Letícia; CARVALHO, Ana Maria. A Participação das Cooperativas de Catadores na Cadeia Produtiva dos Materiais Recicláveis: perspectivas e desafios. Psicologia Política. vol. 14. nº 29. pp. 171-186. jan. – abr. 2014. Para acessar o artigo, clique aqui. 7. Anuário da Reciclagem da ANCAT – clique aqui para acessar. 8. ANCAT (Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis) – clique aqui para acessar. 9. Agência Brasil: Brasil gera 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Para acessar a matéria, clique aqui.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
ABREU, Nathália. Eles fazem a reciclagem acontecer! Conheça a importância dos Catadores de Materiais Recicláveis. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/eles-fazem-a-reciclagem-acontecer-conheca-a-importancia-dos-catadores-de-materiais-reciclaveis.html>.
Cidades Sustentáveis e os Desafios do Novo Milênio
O crescimento populacional nos grandes centros urbanos, pela busca de empregos, oportunidades e moradias, inclui, proporcionalmente, a necessidade de adoção de medidas ambientalmente estratégicas pelo Poder Público.
Nesse sentido, a construção de cidades inteligentes (“smartcities”) e sustentáveis está (ou ao menos deveria) na pauta política de diversos países, mesmo que enfrentado contratempos e opositores políticos questionam os efeitos das mudanças climáticas.
As “smartcities” são espaços e sistemas em que pessoas interagem através do uso de energia, materiais, serviços e financiamentos aptos a catalisar desenvolvimento e qualidade de vida, nos termos estabelecidos pela União Europeia.
Na Europa, a Alemanha, referência em tecnologia sustentável, possui a cidade de Freiburg no sudoeste do país, é conhecida por iniciativas ecológicas por conta de políticas de mobilidade urbana, reciclagem, energias renováveis, dentre outros [1].
Em outro exemplo, a China possui a cidade de Rizhao, que significa em chinês “cidade do pôr do sol”, 99% das casas na parte central usam aquecedores solares de água, a maioria dos sinais de trânsito e iluminação pública utiliza painéis fotovoltaicos. Em outra cidade chinesa também, Lizhao, há programação de inauguração em 2020 de área de 175 hectares ao longo do rio Liujiang em modelo integrado, inteligente e sustentável [2].
Porém, não precisamos ir tão longe. O Brasil, mesmo que timidamente, já avança para modelos mais sustentáveis com ideias pioneiras como a implantação de energia solar em favelas cariocas (como no Morro da Babilônia). O uso da energia eólica na região nordeste também cresce vertiginosamente em sinal de bons ventos de mudanças.
Os desafios do novo milênio, séc. XXI, sendo a sustentabilidade, em todas as suas dimensões, importante aliado para o enfrentamento. Há, porém, necessidade dos modelos serem acompanhados pela mudança de conscientização, além da elaboração e implantação de políticas públicas integradas, inteligentes e estratégicas.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
PIRES, Felipe. Cidades Sustentáveis e os Desafios do Novo Milênio. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/cidades-sustentaveis-e-os-desafios-do-novo-milenio.html>.
Como fazer uma doação e evitar desperdício?
A solidariedade é um valor que tem sido incentivado há muito tempo. Nos ajuda a lidar com a escassez, a pobreza e as injustiças sociais. Ser solidário passou a ser uma necessidade, mas basta ter boa vontade?
Faz quatro anos que ajudo uma amiga a cumprir uma promessa: fazer uma festa para crianças no dia 12 de outubro. Nos últimos anos temos visitado a mesma comunidade, próxima ao porto de Santos. No dia 11 sempre preparamos as comidas e no dia 12 a festa é montada para aproximadamente 40 crianças da comunidade.
Durante o período da festa, como gosto de histórias, fui conversar com a senhora que cuida dos assuntos da comunidade. Eles têm uma área comum boa, construíram um pequeno salão, tem secretaria, cozinha. Neste local, os assuntos da comunidade são discutidos e resolvidos.
Nem todos possuem o senso de respeito pela estrutura, comentou ela. Às vezes, as pessoas chegam na esquina e deixam uma compra de mantimentos de feira, cesta básica ou ainda outros itens doados. A família que ali mora costuma pegar o que “interessa” e jogar o restante fora. “Daí a importância de as pessoas saberem que a comunidade tem uma secretaria”, menciona ela.
O porto também tem entidades e comunidades cadastradas para doação dos alimentos que servem como amostra para testes de qualidade antes de entrarem no país. “Eles ligam e dizem: hoje temos maçã, a sra. quer vir buscar? Aí buscamos e quando chegamos noticiamos que quem quiser pode passar para pegar sua sacolinha”.
Mas ela contou que muito do que eles ganham acaba se tornando desperdício. Ou porque não foi entregue para a secretaria e foi parar no lixo, ou porque eles nem sabem comer aqueles alimentos. “Os moradores não conhecem ou não têm o hábito de comer aquilo, então não querem.”
O que ficou marcado para mim depois de falar com ela foi justamente a necessidade de sabermos o que a comunidade precisa. Não basta ter boa vontade e pensar que comprando o dobro na feira para compartilhar com alguém que esteja precisando já significa que cumpri o meu papel.
Para ajudar de verdade, precisamos primeiro perceber o outro, deixar ele se mostrar e descobrir o que ele realmente precisa.
É fato que muito preferem “não ter envolvimento” e apenas alcançar algo material. Mas a partir do momento em que você se permite olhar com respeito para o outro e descobri-lo, é muito provável que você consiga fazer algo de valor por aquele ser humano. É preciso conhecer para ajudar de verdade.
Carrego no meu coração a história de uma mulher incrível: Marli Medeiros – a Marli da Vila Pinto de Porto Alegre. Ela veio do interior do Rio Grande do Sul para a capital atrás de um ambiente melhor para as filhas dela. Vou deixar o link abaixo para que vocês possam ouvi-la contando a sua história. Infelizmente ela faleceu em 2018, mas ela me ensinou que ajudar não tem limites, pois para que as filhas delas tivessem um local bom para crescer, ela acabou gerando renda e autoestima para uma comunidade inteira! Aqueles que verdadeiramente ajudam, não entregam algo com as mãos, entregam com o coração. A Marli como uma ajudante da sua comunidade, não apenas construiu prédios e negócios, mas deixou um legado de doação e solidariedade.
Solidariedade, apesar de a palavra parecer com solidão, nada tem a ver com fazer sozinho ou fazer para aqueles que eu gosto. Doação, apesar de lembrar a entrega de algo, tem muito mais a ver com coração do que com um pacote ou uma sacola. E uma vida com propósito, com significado e com alegria certamente passa pela solidariedade e pela doação.
E nós? Até que ponto estamos disponíveis e dispostos a doar algo?
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
STEFFEN, Janaína. Como fazer uma doação e evitar desperdício?. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/11/como-fazer-uma-doacao-e-evitar-desperdicio.html>.
Existe trabalho escravo no Brasil?
Infelizmente, existe. E conforme previsto no Código Penal brasileiro, ele é crime! Mas você sabe o que caracteriza como trabalho escravo? O trabalho escravo contemporâneo pode acontecer por meio do trabalho forçado, jornadas exaustivas, servidão por dívida e/ou condições degradantes. Entenda cada um deles melhor clicando aqui.
De acordo com a organização não-governamental Repórter Brasil, nos últimos 25 anos, oficialmente mais de 50 mil pessoas foram libertadas da escravidão no país. Ainda de acordo com a ONG, Os trabalhadores libertados são, em sua maioria, migrantes internos ou externos, que deixaram suas casas para a região de expansão agropecuária ou para grandes centros urbanos, em busca de novas oportunidades ou atraídos por falsas promessas.
Uma pesquisa de opinião nacional feita em 2015 pela Ipsos em parceria com a Repórter Brasil apontou que 70% da população brasileira em áreas urbanas sabem que ainda existe trabalho escravo no Brasil, mas a maior parte das pessoas não conhece as características desse crime. Em pergunta aberta, 27% responderam não saber o que é trabalho escravoe poucos mencionaram espontaneamente os elementos que o definem: servidão por dívida (19%), condições degradantes de trabalho (8%), trabalho forçado (7%) e jornada exaustiva (1%).
Clicando aqui você consegue acompanhar os principais dados sobre o trabalho escravo no Brasil. Apesar da evolução nas fiscalizações e inspeções ao longo dos anos realizadas de maneira conjunta pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, ainda há muito que se evoluir neste tema.
A Repórter Brasil cita que a maior parte dos casos está ligada às atividades relacionadas à pecuária, ao setor têxtil e da construção civil. É importante salientar que não apenas adultos são submetidos ao trabalho análogo à escravidão, mas também jovens e crianças. O trabalho infantil também é uma violação dos direitos humanos. O programa “Escravo, nem pensar” explica melhor o que é trabalho infantil e qual o cenário hoje no Brasil
Como denunciar o trabalho escravo? Hoje há diversas autoridades públicas direcionadas ao combate do trabalho escravo, como o Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal, além de entidades, sindicatos e ONGs. No “Guia Direitos do Trabalhador e de Sua Família” (clique aqui, para acessar), você poderá conhecer um pouco mais sobre o tema e também encontrar os canais de denúncia!
Conhece alguém em situação similar? Denuncie e ajude a combater essa prática.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
LOPPNOW, Stephani. Existe trabalho escravo no Brasil?. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/10/existe-trabalho-escravo-no-brasil.html>.
Uso Integral de Alimentos – Coloque em prática com receita de Panqueca Vegana
Que tal aproveitar os talos de couve ou de beterraba de uma forma simples, criativa e saborosa?
Essa panqueca além de ser de rápido preparo, ainda te ajuda a ampliar o olhar sobre a necessidade de utilizar de forma integral os ingredientes que tem em mãos, evitando desperdício e ajudando sua saúde.
Vamos à receita?
Para uma panqueca média e grossa, você vai precisar de:
½ xícara de talos de couve ou de beterraba picadinhos
1 batata crua picada de tamanho médio
1 colher de sopa de azeite
Água (apenas o suficiente para criar uma pastinha consistente da mistura)
½ xícara de aveia em flocos (grossos ou finos)
Sal a gosto
Temperos a gosto
Modo de Preparo:
Bata no liquidificador os talos de couve ou de beterraba com a batata, azeite e um pouco de água.
Transforme em uma pasta consistente. Não precisa triturar muito os talos e nem a batata.
Transfira essa pastinha para uma tigela e acrescente sal, temperos e a aveia. Misture bem.
Aqueça uma frigideira antiaderente com óleo de coco e coloque a pastinha.
Espalhe bem com a colher e mantenha em fogo baixo.
Se necessário, conforme for fritando, coloque mais óleo de coco ou mesmo um fio de azeite. Esta panqueca é frita, mas você pode untar uma forma de empada e assar. Neste caso, dá para processar mais e deixar mais fina. No caso da frita, se você deixar muito líquida, soltará muita água.
Com a espátula, vá moldando bem os lados e apertando um pouco.
Quando sentir que está douradinha e firme, retire da frigideira deslizando para um prato raso. Posteriormente vire novamente na frigideira o lado que ainda não dourou. Se fizer menor, dá para usar espátula e ir virando.
Demora um pouquinho para que esteja bem crocante, mas vale a pena. Se preferir, dê uma pré-cozida na batata, mas sem deixar mole demais.
Deguste!
Dica: Acrescente gérmen de trigo, cenoura ralada, nozes moídas, salsa, pimenta e o que mais sua criatividade e fome pedirem!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
AMORES, Valéria. Uso Integral de Alimentos – Coloque em prática com receita de Panqueca Vegana. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/10/uso-integral-de-alimentos-receita-de-panqueca-vegana.html>.
Já plantou sua árvore? Entenda seus inúmeros benefícios!
Arvores e espaços verdes trazem benefícios para a saúde mental e o bem-estar, além de serem ótimos para relaxamento e recreação. Quem nunca parou debaixo de uma sombra para se refrescar do sol quente? Quem nunca se encantou com uma árvore inteiramente florida?
Apesar desses benefícios já serem excelentes, as árvores também possuem muitos outros benefícios. Confira:
As árvores atuam como coletoras de CO2 absorvendo-o pela fotossíntese, utilizado para seu crescimento e armazenado na biomassa (folhas, tronco, raízes). Mas elas também realizam a respiração, emitindo CO2. Quando o carbono absorvido em uma floresta excede a emissão de CO2 da respiração das árvores, ocorre o que chamamos de sequestro de carbono.
Desenvolvem um papel importantíssimo no ecossistema pois são responsáveis por manter mais de 50% da biodiversidade.
Retêm a água da chuva, evitando deslizamentos de terra, erosão e enchentes. Além disso, evita que contaminantes presentes no solo sejam carregados até os rios, diminuindo a contaminação das águas superficiais.
Ajudam a melhorar o microclima. Devido à evapotranspiração das plantas, há um aumento da umidade relativa do ar em áreas arborizadas, contribuindo para que o clima fique mais agradável. O plantio de árvores, cria-se uma proteção contra a radiação solar, amenizando as temperaturas.
Reduzem o impacto da poluição do ar na saúde humana, como inflamações pulmonares. Junto com o gás carbônico, as árvores absorvem material particulado e outros contaminantes como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e de enxofre que têm efeitos graves para a saúde.
Promovem sombreamento e um ambiente atrativo, calmo e adequado para recreação, além de serem uma beleza natural para nossos olhares e almas.
As árvores e suas folhas absorvem a energia sonora, reduzindo os níveis da poluição sonora ao impedir que os ruídos e barulhos fiquem refletindo continuamente nas paredes das casas e edifícios.
Fornecem base para produtos como medicamentos e chás. Fornecem também frutas, flores, sementes, fibras, madeira, látex, resinas e pigmentos.
O manejo controlado de florestas são uma fonte sustentável de madeira.
Aproveite a dica e plante uma árvore nativa de sua região! Vamos fazer a nossa parte!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
SOUZA, L. B. Leonardo. Já plantou sua árvore? Entenda seus inúmeros benefícios!. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/10/beneficio-arvores.html>.
Aliando o bem estar pessoal com o cuidado com a natureza – Cosméticos Cruelty-Free e Veganos
Já faz algum tempo que queria escrever sobre produtos voltados para a mudança de hábitos (de estilo de vida) que estou vivenciando nos últimos anos. E acredito que a Semana Temática sobre Consumo Consciente seja a oportunidade perfeita para isso.
Pode não parecer em um primeiro momento, mas muita coisa boa vem acontecendo no âmbito empresarial. Por estarmos mais atentos e conscientes de nosso importante papel enquanto consumidores, as empresas têm buscado se adequar melhor à questão da sustentabilidade, aos impactos gerados (lembrando que também é possível que as empresas gerem impacto positivo como o impacto social que algumas já promovem para comunidades localizadas próximas), e à melhor relação com seus clientes.
E nesse cenário de “luz no fim do túnel” conheci, movida pela curiosidade e vontade de mudar ao menos a minha realidade, várias empresas e marcas preocupadas em reduzir seus impactos na natureza, em não realizar testes em animais e também em não utilizar quaisquer ingredientes de origem animal em seus produtos.
São empresas e marcas que buscam a redução da utilização de plástico em seus produtos, que o substituíram por materiais de decomposição facilitada ou que possam ser reaproveitados para outros usos, ou até mesmo possuem logística reversa para as embalagens de seus produtos. São aquelas que substituíram materiais tóxicos ao ser humano e a natureza por outros hipoalergênicos e biodegradáveis. São aquelas cruelty-free – que não realizam testes em animais – e veganas.
Com relação a essas últimas, há um grande debate alertando sobre a utilização indevida por algumas marcas de selos que indicam tanto a cruelty-free quanto a empresa ser vegana. Por isso é importante, ainda que não suficiente, que você se informe a empresa ou produto que você deseja consumir é o que afirmam ser. E como fazer isso? Verificando se tal empresa conta no cadastro das organizações e ONGs que conferem tanto os selos de cruelty-free quanto os selos de empresa vegana.
Algumas das organizações que certificam empresas são:
– CCF – Choose Cruelty Free (clique aqui, para acessar).
O Choose Cruelty-Free é uma organização independente, sem fins lucrativos, sediada na Austrália, por isso a maioria dos produtos certificados por ela é australiana.
– PEA – Projeto Esperança Animal (clique aqui, para acessar).
A PEA é uma ONG brasileira que além de outros serviços voltados para a proteção animal, também disponibiliza em seu site uma listagem com empresas brasileiras que não testam seus produtos em animais e nem terceirizam esses testes para outras empresas.
– PETA – People For The Ethical Treatment Of Animals (clique aqui, para acessar)
A PETA é a maior organização de direitos dos animais do mundo, com mais de 6,5 milhões de membros e apoiadores. Ela concentra seu trabalho em quatro áreas em que o maior número de animais sofre com maior intensidade por períodos mais longos: em laboratórios, indústria de alimentos, comércio de roupas e entretenimento.
– SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira (clique aqui, para acessar)
De acordo com seu site, o Selo Vegano é um programa de certificação de produtos criado e gerenciado pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) que atua nos ramos alimentício, químico (cosmético, limpeza e higiene) ou de vestuário. O Selo Vegano analisa e certifica produtos, e não as empresas, que atendam os seguintes critérios:
1.Produto sem ingredientes de origem animal *;
2.Empresa não testa produto finalizado em animais **;
3.Fabricantes fornecedores não testam os ingredientes em animais**.
Importante ressaltar que:
*A possibilidade de presença não intencional de traços de origem animal nos produtos, não é um fator que impede o produto de obter a certificação Selo Vegano SVB. A análise e verificação deste critério inclui tanto a composição quanto o processo de fabricação (mesmo se o ingrediente não estiver na composição do produto final). **Alinhados com o Regulamento Europeu para Cosméticos – EU Cosmetic Regulation (EC 1223/2009), de 30 de Novembro de 2009, sobre a proibição completa da experimentação animal de qualquer tipo, no que diz respeito aos cosméticos e seus ingredientes, consideramos a data limite para testes, Março de 2013.
Essa última, uma das certificações voltadas exclusivamente para a certificação vegana pode deixar certa dúvida já que certifica apenas produtos e não as empresas como um todo. Isso acontece porque para se tornar vegana é necessário que TODOS os produtos, assim como toda a empresa não realize testes em animais e não usem qualquer ingrediente em seus produtos que sejam de origem animal e isso cabe também a terceirização de serviços.
Muita coisa não é? Pode parecer inicialmente difícil encontrar empresas que sejam veganas, mas não se preocupe! Vou deixar logo a seguir, baseada nas várias listas do blog Ari Vegan da Ariane Ficher, empresas que mostram que com vontade e compromisso é possível!
A Vizzela é uma marca de maquiagens brasileira cruelty-free, vegana e que ainda possui o selo Eu Reciclo (que significa que a empresa apoia e investe em reciclagem). Os produtos que são voltados para maquiagem se dividem nas categorias: sobrancelhas, olhos, lábios e pele e além de terem um preço justo contemplam uma ampla diversidade de tonalidades de pele (um viva a representatividade respeitada pela empresa). Para acessar o site da marca, clique aqui.
Marca brasileira de Novo Hamburgo/RS. Os produtos da Twoone NÃO contêm parabenos, petrolatos, sulfatos, silicones, fragrância sintética e ingredientes animais. É uma empresa cosmética cruelty-free e vegana que produz e comercializa produtos que se dividem nas categorias: unhas, maquiagem, facial, corpo e banho; e cabelos. Para acessar o site da marca, clique aqui.
A Surya é uma empresa brasileira natural, orgânica certificada, vegana e cruelty-free que está no mercado há mais de 20 anos (o que demonstra a vanguarda e os valores éticos da marca) utilizando ingredientes naturais e não animais em seu processo produtivo. O destaque da marca fica por conta da coloração natural mais conhecida do mercado, a Henna. Além disso a empresa também possui produtos voltados para o cuidado do rosto, pele, cabelos e unhas. Para acessar o site da marca, clique aqui.
Quer conhecer mais sobre produtos cruelty-free e veganos e entender melhor como funcionam as certificações ?
Corre lá no Ari Vegan blog da Ariane Ficher (clique aqui para acessar) e no Maquiando Sem Crueldade da Melissa Vieira (clique aqui para acessar) duas maravilhosas que mostram como se tornar mais consciente sobre o veganismo e sobre empresas que realmente se preocupam com nosso bem estar, com o bem estar dos animais e com a natureza!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
ABREU, Nathália. Aliando o bem estar pessoal com o cuidado com a natureza – Cosméticos Cruelty-Free e Veganos. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2019/10/aliando-o-bem-estar-pessoal-com-o-cuidado-com-a-natureza-cosmeticos-cruelty-free-e-veganos.html>.