Estamos Perguntando de Forma Errada

Quantas palavras bonitas são ditas e escritas, discursos que reivindicam mudanças e a união em busca do bem comum. Movimentos, partidos, manifestos e etc. Lindos e tão cheios de energia e boas intenções.
Mas o que realmente são? Muitas vezes, infelizmente, correspondem apenas à escrita sem essência. Para que servem os movimentos quando não se tem visão, os partidos desacompanhados de ética e o manifesto sem prudência?
Somos atraídos facilmente pelo superficial; o rosto, o corpo e o cabelo mais belo. A propaganda mais chamativa, a embalagem mais atraente, o cartaz mais colorido. Então, como achar soluções para os problemas externos quando parece que por natureza estamos errados? Acredito que a natureza, como um todo, está sofrendo tantas injustiças por uma razão: ainda não achamos resposta para essa questão. Mas se ainda não achamos a resposta é porque, provavelmente, não estamos perguntando de forma correta. E, se não perguntamos de forma correta é porque não damos a devida atenção ao problema.
Quando você consegue saber exatamente o que você quer perguntar a metade da resposta é dada. (I Ching – O Livro das Mutações)
Nesse contexto, a pergunta que fazemos é entendida pela natureza por meio da forma como vivemos e a resposta que a natureza nos dá pode ser interpretada como a síntese da nossa vida.
É certo que são as questões movem o mundo e não as respostas, somos movidos por incertezas que nos assombram e nos fazem caminhar. Mas o objetivo aqui é a estabilidade e a capacidade do nosso planeta de continuar propiciando a vida, e as incertezas que espreitam esse objetivo devem ser eliminadas o mais rápido possível. Não temos muito tempo para refletir, devemos agir agora. Essa incógnita terá de ser resolvida na prática!
A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar. (Eduardo Galeano)
A utopia é linda, mas se continuarmos a ter essa perspectiva em relação à sustentabilidade de Gaia* podemos até alcançar algo, porém será o oposto daquilo que vislumbrávamos no horizonte.
O que é o ambiente verde e saudável sem um meio que exerça os subsídios necessários para o mesmo? Saiba exatamente como perguntar a natureza e ela te dará metade da resposta, e essa resposta será suficiente para despertar a ação. E estamos aqui para agirmos e, de fato, transformarmos positivamente nossas vidas e nosso planeta.
Saudações verdes!

* A Teoria de Gaia, criada pelo cientista James Lovelock na década de 60, defende que a Terra é um organismo dotado da capacidade de se manter saudável e tem compromisso com todas as formas de vida – e não necessariamente com apenas uma delas, o homem, que vem justamente sendo um dos grandes responsáveis pelo seu desequilíbrio. (http://
gaiasustentavel.com)


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