A Energia do Café – O Mais Novo Biocombustível
Uma das principais preocupações da atualidade quando nos referimos à produção de energia diz respeito à nossa dependência dos combustíveis fósseis – cerca de 80% da geração de energia no mundo é proveniente destes combustíveis – como o petróleo, o carvão, o gás natural e o xisto.
Essa dependência traz duas grandes implicações para a manutenção do atual nível de desenvolvimento: o fato destes combustíveis não serem renováveis e serem altamente poluentes, apresentando graves consequências para a saúde humana e ambiental.
Por conta desse preocupante cenário, que também envolve a questão da geração cada vez maior de resíduos, algumas iniciativas têm sido criadas a fim de apresentarem uma alternativa ao atual modelo energético fóssil, poluente e não renovável.
É o que tem feito a startup londrina bio-bean, que transforma borra de café, que até então era resíduo comumente descartado para aterros sanitários, em biocombustível. Desenvolvido em parceria com a Shell e a Argent Energy, a partir da borra do café extrai-se um óleo que é convertido em combustível com baixa emissão de gás carbônico.
A bio-bean produziu, após três anos de pesquisa e incentivo da Shell, 6.000 litros de óleo de café B20, um biocombustível resultante da mistura do óleo com diesel mineral. Esta quantidade seria capaz de abastecer um tradicional ônibus londrino durante o período de um ano.
Os números apresentados pela startup são impressionantes. São coletadas e recicladas mais de 50 mil toneladas de borra de café por ano, o que gera uma economia de 6,8 toneladas de emissões de CO2 por tonelada reciclada. Cada tonelada de borra de café reciclada é capaz de gerar 200 litros de biocombustível, quantidade necessária de combustível para que um ônibus londrino circule durante um dia inteiro.
O grande desafio que a bio-bean enfrenta atualmente é produzir o óleo de café B20 em escala industrial e expandir a produção para outros países. Ficamos na torcida para que esse biocombustível seja implementado em grande escala. O meio ambiente e as próximas gerações agradecem!
Com informações de: Câmara dos Deputados, Folha de São Paulo, Huffpost e Tecmundo.
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