Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade: bem-vindos ao futuro!

Imagem: Carbon Trust

A velocidade de propagação de informações e os avanços tecnológicos das últimas décadas não têm precedentes na história.

Imagem: The Center for Future of Work

Nosso sistema produtivo, cada vez mais eficiente, permite produzir em quantidades cada vez maiores, em períodos cada vez mais curtos e a um custo financeiro cada vez menor.

Graças aos avanços tecnológicos também observamos a expectativa de vida aumentar, a mortalidade infantil reduzir e o diagnóstico de doenças ser mais veloz e eficaz. O mundo se tornou mais conectado, as distâncias se encurtaram e as fronteiras físicas parecem ter sido transpostas.

Mas e quando falamos da relação entre tecnologia e meio ambiente? Bem, aí a questão se torna um pouco turva, pois essa gama de benefícios, infelizmente, também traz perversidades.

Imagem: Cultura Mix
Imagem: Cultura Mix

Voltemos à eficiência do nosso sistema produtivo e consideremos um produto específico, o celular. Não podemos imaginar viver atualmente sem ele, não é mesmo? Cada dia mais modernos são verdadeiros computadores de bolso, que nos facilitam muito a vida. Agora vamos observar, com cuidado, a questão dos avanços tecnológicos cada vez mais rápidos. A pergunta que deixo é: quantas vezes você já trocou de celular no último ano? Isso. Nos últimos 12 meses, quantos celulares você já comprou? E o que fez com o(s) antigo(s)? Imagine isso em uma escala maior, a quantidade de celulares adquiridos durante o último ano na sua cidade, no seu estado, no seu país, no mundo.

Imagem: Thiago Rodrigo

Já deu para notar o tamanho do problema… a quantidade de lixo produzida e o descarte, muitas vezes, inadequado (isso considerando apenas a ponta final do processo, o consumo). Se estendermos a analise para a exploração dos recursos necessários à produção, ao modo de produção em si (considerando descarte de rejeitos, licença para funcionamento das fábricas…), logística de transporte utilizada em todas as etapas, a situação se complica um pouco mais.

Porém nem só de pessimismo é composta a realidade. E a boa notícia é que as inovações podem não só amenizar essa situação, como também fechar esse ciclo de relação desarmônica com o meio ambiente.

Ué!? Mas não foram justamente os avanços tecnológicos que nos colocaram nessa situação? Como são eles que irão resolver os problemas causados por eles mesmos?

Fonte: Schmoesknow

Sim! Por mais confuso que possa parecer! Veja bem, já começamos a trilhar, embora timidamente, esse caminho. Políticas voltadas para desperdício mínimo, eficiência energética, reuso de fatores produtivos, investimento em P&D (pesquisa e desenvolvimento), logística reversa, controle de emissão de poluentes são alguns dos tópicos que algumas empresas já adotam, visando não só vantagem competitiva e o consequente lucro, mas também minimizar o impacto no meio.

Mas atenção ao greenwashing! A propaganda enganosa da rotulagem ambiental. Empresas que se vendem como ambientalmente/ecologicamente corretas, green, sustentáveis, verdes, eco-friendly mas que, de fato, não adotam medidas que possam minimizar ou solucionar problemas ambientais que elas venham a causar.

Autossustentável: Greenwashing
Imagem: Cartoon Movement

As inovações devem estar aliadas à sustentabilidade, a ideia de continuar suprindo às necessidades de nossa geração, mas sem comprometer a geração de nossos filhos e netos. As inovações sustentáveis vêm em conjunto com a mudança de mentalidade, de paradigma (sócio-econômico-cultural-tecnológico).

Pode parecer complicado, mas isso significa pensar os processos de forma circular, onde ao invés dos produtos serem pensados apenas para atender às necessidades imediatas (e após isso serem descartados), eles serão projetados pensando no retorno dos mesmos às empresas para a reutilização de seus componentes. Isso vai além da reciclagem já realizada, é o conceito do cradle to cradle (berço ao berço em tradução livre). É a percepção de que a economia linear já não atende às necessidades atuais (da sociedade e do meio ambiente), é preciso pensar, debater e desenvolver a economia circular.

Fonte: NERC

O caminho a percorrer é longo, porém os primeiros passos já foram dados. E é justamente isso que veremos no decorrer da Semana Temática Tecnologia e Inovação. Empresas, iniciativas, startups que buscam promover a sustentabilidade através de inovações tecnológicas.

 

 

Clique aqui para ler mais artigos de Nathália Abreu

 

2 comments

Leave a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *