Dia do Meio Ambiente: mais um ou menos um?

Imagem: IX Simpósio sobre Meio Ambiente

Ambiente é tudo aquilo que está dentro e fora de nós e que, além de simplesmente existir, possui estreita relação de complementaridade e interdependência.

É impossível separar, fragmentar, isolar e ainda assim entender o todo em sua complexidade e harmonia.

Imagem: LinkedIn

É impossível compreender o ambiente como somente a soma das partes, pois delas emerge o improvável, o novo, garantindo adaptação e resiliência.

Imagem: Vyacheslav Mishchenko

 

Imagem: Pinterest
Imagem: National Geographic

O ambiente, os ambientes, é e são, é e não são, ao mesmo tempo.

Nas palavras de Enrique Leff  [1]:

“… la crisis ambiental no es sólo la de una falta de significación de las palabras, la pérdida de referentes y  la  disolución  de  los  sentidos  que  denuncia  el  pensamiento  de  la posmodernidad:  es  la  crisis  del efecto del  conocimiento  sobre  el  mundo”.

Apesar de toda a complexidade das teias das vidas e das não-vidas, a nossa falta de conhecimento (e sentimento) sobre o mundo nos leva a simplificar e externalizar os desafios. Fechamos os olhos para o óbvio em prol de um modelo em crise focado no acúmulo e na separação, na geração de diferenças disfarçadas de diferenciais.

Imagem: Pinterest

Ambiente é prioridade.
(Mas não em épocas de crise).
Ambiente é fundamental.
(Desde que minhas necessidades estejam satisfeitas).
Ambiente é riqueza.
(Que seja a minha).

Mudar paradigmas, acreditar que a exceção pode tornar-se regra, estimular e fomentar que a cooperação e o diálogo são caminhos para a generosidade tem sido o papel escolhido por uma grande quantidade de educadores, ambientais ou não.

 

Imagem: The Vegan Strategist

Tenho orgulho de fazer parte desse seleto grupo, teimoso por natureza e que acredita que juntos vamos mais longe.

Que o dia do (meio) ambiente não seja apenas mais um, mas que seja de tudo e de todos. Torço que um dia você também junte-se a nós.

 

[1] Do prólogo do livro Racionalidad Ambiental: La reapropiación social de la naturaleza (2004).

 

 

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