Reaproveitar, Reintroduzir… Valorizar!

Reaproveitar, reintroduzir e valorizar, esses são os conceitos utilizados pela designer Luciana Della Mea em sua proposta: transformação de roupas usadas, em novas peças, visando à redução de impactos ambientais.
As criações da designer a partir de matéria-prima de segunda-mão, desenvolvidas para o seu trabalho de conclusão de curso, podem ser conferidas ao longo do post no ensaio fotográfico realizado por Leandro Fabre.

O trabalho, que é fruto de pesquisa, tem por objetivo expor a temática da sustentabilidade pela ótica do design de moda, analisando seus impactos sociais e ambientais, bem como os processos produtivos que podem vir a ser alternativas de mudanças positivas. A indústria da moda também se insere na corrida pela sustentabilidade, ainda que a mesma exista em função da mudança periódica e renovação constante. E essa condição de existência da indústria da moda se mostra como uma contradição aos critérios ecológicos, que primam pela durabilidade dos produtos. Enquanto a sustentabilidade sugere o ciclo de vida do produto prolongado, a moda caracteriza-se como novidade e mudança periódica.
A indústria têxtil emprega grande quantidade de trabalhadores, sendo importante para a economia. No entanto, além das extravagâncias das passarelas e das novidades das vitrines, existe a exploração da mão de obra desses trabalhadores, a poluição consequente do uso de produtos químicos e tóxicos, o uso de peles de animais para confecção de artigos de moda, entre outras consequências negativas. A produção acelerada, junto ao consumo desenfreado, gera obsolescência dos produtos, que serão destinados a outras pessoas ou então ao lixo, aos lixões e aterros.
É importante encontrar novos processos produtivos que minimizem os impactos ambientais. Se a moda propõe a mudança, que esta se dê com o menor impacto possível. Os profissionais dessa área têm procurado desenvolver produtos de forma sustentável, considerando a demanda de consumidores cada vez mais conscientes. 

Nesse contexto, o trabalho exposto propõe o reaproveitamento: o que poderia não ter mais valor para alguém, como uma camisa, pode tê-lo para outrem, na forma de vestido. Assim, prolonga-se o tempo de vida das peças, mesmo que de “cara nova”.

  

 Era uma vez um vestido, no armário, triste porque ninguém o usava.

E o vestido em blusa se fez, e disse: oi, voltei. Sim, sou eu.
  
Fotos: Leandro Fabre
Modelo: Gabriela Vargas
Criação: Luciana Della Mea
Produção: Luciana Della Mea e Nêmora Andrade  

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