Exteriorizar-se

Atualmente 99% dos problemas da sociedade seriam resolvidos com um sistema educacional efetivo. Porém, sabendo que essa não é a realidade do nosso país para a esmagadora maioria da população, é proposto neste artigo um outro tipo de educação para se alcançar os ideais sustentáveis; a educação interpessoal, que surge de nosso interior e transborda para o meio externo, desprendendo-se de terceiros ou instituições que utilizam métodos ultrapassados.
Nenhuma decisão importante deve ser tomada sozinha, e mesmo que seja, a sua continuidade dependerá de terceiros, bem como da própria natureza, que em níveis mais elementares “dirá” se aquilo é possível ou não. Então, ao se relacionar com os outros e com a própria natureza é preciso ter respeito, pois mesmo que não se perceba, tudo e todos estão todo o tempo fazendo parte da construção dos nossos planos e do nosso próprio ser.
Esse raciocínio ajuda a nos compreender como parte do meio em que vivemos, e a educação interpessoal é a mediadora entre nós e os outros. Quanto melhor nossa educação interpessoal, melhor e mais coerente será a resposta daquilo e daqueles que nos rodeiam. Criando assim um resultado não dependente somente do que se “precisa e o que se encontra”, acrescentando na equação, “como se procura” aquilo que necessitamos.
A habilidade de sentir empatia é o apogeu e o precursor da educação interpessoal, senti-la pelos aspectos da natureza, bem como pelos seres que ela engloba é uma das mais valiosas maneiras de exercer a sustentabilidade. E reconhecer o que torna turva nossa capacidade de empatia e de educação interpessoal é tão importante quanto exercê-la, pois sentimentos como o ódio e o desprezo podem anular por completo nossa habilidade de se colocar no lugar do próximo ou de experimentar com clareza aquilo que o nosso meio tenta nos dizer. 
Apenas você sabe como é complicado ter que oferecer mais do que se recebe e muitas vezes exercer isto com a consciência de não poder esperar nem o mínimo em troca. Nós sabemos como é, mas, o processo é longo e é todo do interior para meio exterior, a vontade parte de você. Então espere de você apenas aquilo que é realmente importante, alguns podem até chamar isso de egoísmo ou presunção. Eu diria que essa é a arte da educação interpessoal.
É interessante cultivar formas autônomas de evolução pessoal, pois percebo que, principalmente pessoas que vieram de uma formação educacional por meio de instituições públicas, assim como eu, acabaram sofrendo uma espécie de sabotagem educacional. E essa auto-análise/crítica que promove não só o aprimoramento interpessoal como várias outras coisas, acaba favorecendo também nossa perspectiva, tanto em relação a nós mesmos quanto das coisas e dos seres à nossa volta.
Enfim, “A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.” Buda

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