A primeira bicicleta de plástico reciclado do mundo é brasileira

Que tal uma armação de bicicleta produzida a partir de plástico de garrafas PET, embalagens de shampoo e peças de geladeira? Pelo menos a 2.500 pessoas essa ideia interessa. Elas estão numa lista de espera para adquirir uma bike de quadro reciclado que é fabricada, sob encomenda, em São Paulo. Essa bicicleta é mais resistente, flexível e barata. Isso porque o plástico não enferruja, amortece naturalmente e sua fabricação transforma resíduos sólidos em um novo produto.

Imagem: Muzzicycles
Imagem: Muzzicycles

A invenção é do artista plástico uruguaio Juan Muzzi, radicado no Brasil. Ele iniciou em 1998 pesquisa de materiais PET e Nylon como fonte de matéria prima, em São Paulo. A produção concluída em 2008, mas foi necessário um ano de teste para a comercialização do produto para garantir o selo do INMETRO de qualidade e patenteada na Holanda em 2012. “Tenho a patente da primeira bicicleta de plástico reciclado do mundo”, diz.

Imagem: Muzzicycles
Imagem: Muzzicycles

Para fabricá-las, Muzzi conta com o trabalho de algumas ONGs que recolhem sucata e vendem para uma empresa que granula o material. Os grãos são vendidos para a Imaplast, empresa de moldes que Muzzi dirige. Também é possível que o próprio interessado leve o material reciclável. No processo de produção, o plástico granulado entra em uma máquina e é injetado no molde de aço. “Cada quadro demora dois minutos e meio para ser fabricado e, se for feito só de PET, usa 200 garrafas”, explica o empresário.

As encomendas devem ser feitas pelo site MuzziCycleshttp://www.muzzicycles.com.br. Eles possuem diferentes modelos que custam a partir de R$ 680. Hoje é necessário encomendar sua bicicleta online e esperar na fila de espera. Tanto sucesso que existem já em 12 países do mundo e 90% da matéria prima é produzida no Brasil.

Para mais informações visite: http://www.muzzicycles.com.br

 

45 comments

  1. O projeto é maravilhoso!!! Ajuda o planeta, faz um produto útil… mas quem não faz, se acha no direito de reclamar de preço e variedade… ser humano sempre insatisfeito… não faz o mínimo que é separar o material reciclável e quer dar palpite no projeto dos outros… inconformada!!!
    Parabéns! Parabéns! Parabéns! Ao dono do projeto.

  2. a ideia e revolucionaria mais no preço e surreal nada me justifica esse preço alto se o componente principal e o plástico

  3. Achei interessante a ideia. O preço não seria exatamente um problema desde que o fabricante tivesse interesse em desenvolver vários modelos diferentes.
    Poderiam fabricar quadros com todos os recursos que uma bicicleta moderna precisa, inclusive para uso profissional em competições. Por exemplo poderiam fazer quadros de speed e triathlon, que são bem mais leves, apropriados para peças de speed e triathlon, assim como também deveriam fazer quadros full-suspension para trilhas leves e pesadas.
    Poderiam produzir não só os quadros, mas também garfos, suspensões para quadros full e até mesmo as demais peças. Quem sabe a bicicleta inteira. Uma parte importantíssima da bicicleta que seria perfeita se fosse fabricada de material plástico reciclável seriam as rodas, tanto o aro aero como também a roda completa modelo maguina de 3 raios.

    1. Por ser um material reciclavel o preço poderia ser um pouco mais barato, pois esta acima do preço de uma bicicleta popular.

  4. Parabéns, muito bonita . eu que acidentei e estou sem andar.. mas assim que eu voltar andar vou comprar uma !

  5. Ótima ideia! mas esse valor poderia ser melhor, do jeito que esta torna inviável sendo que encontramos bike de qualidade a valor bem menor no mercado e isso comprado la fora; acaba por não isentiva a popularidade. Brasileiro e refém de pagar mais caro em tudo…

      1. As pesquisas dele duraram 10 anos.
        O Inmetro levou 11 meses para emitir o selo (isso chama se Prudência). Inmetro não emite certificado de Patente e sim o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

        Que escolhe onde deve patentear é o inventor que diz ter a patente da primeira bicicleta desde 2012 na Holanda. Isso foi uma decisão dele. Uma patente só pode ser conferida ao solicitante após 36 meses após a solicitação (por força de Lei).

    1. Moço, é o preço médio de uma bicicleta comum. Levando em conta os gastos de petróleo evitados e outros benefícios supracitados, tem um custo que vale muito mais a pena.

  6. Fico orgulhoso pelo invento e envergonhado pelo INMETRO que leva de 11 a 12 anos para reconhecer uma patente, daí o fato de ter registrado na Holanda!
    Precisamos invadir e mudar radicalmente esse lerdo e ineficiente INMETRO.

  7. Deve-se entender quanto ao preço, que o quadro numa bicicleta nem sempre é a peça mais cara. Se analisarem os preços das demais peças e acessórios, se de boa qualidade, verão que agregam valores bem significativos no conjunto. Afinal, só o quadro é de plástico reciclável.

    1. Exatamente. A ideia é genial, agora se vai vender são outros quinhentos. O quadro em si não achei caro, o que encarece são os componentes e acessórios. Por enquanto vou aguardar para comprar uma. Pra ver se vale a pena tem que ver o real custo de fabricação de uma bicicleta.

    1. É incrível como o brasileiro gosta de desvalorizar idéias. Parecem que gostam de paternalismo. Excelente idéia e execução do projeto. 12 anos pra colocar no mercado. Tem gente que acha que isso é de graça. Parabéns pela iniciativa. Na torcida pra que continue um sucesso.

  8. Parabéns pelo projeto, sabemos que um dos maiores problemas ambientais esta ligado ao descarte incorreto dos PETs. A fabricaçao das bikes ( e de outros objetos) com esse tipo de material é uma maneira plausivél
    de reutilização.

    1. Importantíssimo o projeto de sustentabilidade, pois, o custo benefício é muito grande, se tratando da não extração da matéria prima já é um ganho incalculável, portanto, vale a pena comprarmos o produto advindo da reciclagem ♻ sim, Parabéns ao idealizador!

    1. Lembrando também que o Aço é reciclável, portanto ao comprar uma bike de aço estamos contribuído para um mundo sustentável.

    1. Poucas palavras, mas traduz o meu pensamento, pois depende de vários setores pra tornar o produto mais barato e acessível em preço e pontos de venda . Vai dar certo.

  9. A ideia é muito boa e fácil de ser implementada. Mas boas ideias tem que ser apoiadas por um bom planejamento e boa estratégia de mercado. A meteria prima é abundante e o produto se vende, agora é ajustar a produção para uma escala comercial adequada e cobrar um preço justo equivalente, adeus alumínio!

  10. Parabéns Muzzi o que importa é que vc fez algo para o planeta se isto vai ou não ser comercializado não importa e sim o que fez.

  11. Faltou um planejamento de demanda aí.. Do que adianta ser de material reciclável se o preço comparado com as bikes normais não chama atenção! Uma ideia praticamente perfeita e um problema de distribuição tão primário.
    Resumindo, não serve pra nada até ser realmente feita em larga escala…A única coisa que não vi na matéria é o custo "ecológico"pra fábricar essas bikes

  12. Quando o negócio não aguenta uma demanda muito grande o preço sobe, justamente pra diminuir a procura.
    Afinal, não adianta vender barato se você não consegue entregar o produto.

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