O Potencial – muitas vezes não percebido – de Tecnologias Ambientais na Escola
Se fizermos uma rápida pesquisa na internet ou perguntarmos para um grupo de educadores quais são as principais características de uma escola sustentável, certamente aparecerão diversos exemplos de tecnologias e infraestruturas ambientais: uma escola que faz a gestão adequada de seus resíduos, que possui coleta seletiva e composta a sobra de seus alimentos orgânicos, que utiliza iluminação natural e lâmpadas LED em seus prédios ou que possui um sistema de captação e reuso de água.
Investir energia, tempo e dinheiro nesse tipo de solução de fato contribui para uma escola mais sustentável quando olhamos para seus impactos ambientais ou índices de eco eficiência. Entretanto, não podemos perder de vista o que mais importa dentro de qualquer espaço educador: as pessoas e seus relacionamentos.
Os diversos exemplos de tecnologias ambientais citados acima devem, portanto, ser compreendidos como ferramentas pedagógicas e não apenas produtos finais de projetos ou ações.
Vamos considerar a implantação de uma horta, por exemplo. Além de aumentar o espaço verde da escola e produzir alimentos livres de agrotóxicos, é uma excelente oportunidade para fomentar a cooperação entre os alunos e também a responsabilidade e a resiliência de cada um.
E isso não se aplica apenas ao meio escolar. Uma campanha de carona em uma empresa pode, além de reduzir o trânsito e poluição das cidades, estreitar vínculos e aproximar pessoas que normalmente não se relacionariam.
Sendo assim, é importante entendermos que investir em tecnologias e infraestruturas ambientais não é o suficiente para criarmos escolas mais sustentáveis. Precisamos desenvolver projetos, ações ou programas de sustentabilidade que fomentem valores humanos e estreitem relacionamentos e vínculos na escola.
Para finalizar, coloco abaixo três exemplos reais e práticos de algumas ações e projetos sustentáveis, complementando seus objetivos “ambientais” a todo seu potencial pedagógico e de transformação.