Cidades Sustentáveis e Planejamento Urbano

O crescimento acelerado das cidades e a ausência de planejamento principalmente de meados do século passado para os dias de hoje, trouxe inúmeros efeitos negativos para os moradores das grandes metrópoles. Aliada a uma ocupação desordenada, com precariedade habitacional e informalidade urbana, o crescimento acelerado das cidades torna o desafio ambiental urbano ainda mais prioritário.

O que fica evidente é que toda essa expansão desordenada produziu regiões com diferentes níveis de desigualdade, gerando também graves problemas de infraestrutura urbana, sobretudo nas regiões mais periféricas das cidades.

Favela
Imagem: Creative Commons

Poluição dos corpos d’água e deficiência no abastecimento de água, ausência de saneamento e drenagem, acúmulo de resíduos sólidos e poluição do ar compõem os desafios ambientais locais e tradicionais de áreas urbanas.

Poluição
Imagem: Creative Commons

Para tentar diminuir estes problemas, é cada vez mais importante a criação de cidades planejadas que sigam um modelo estratégico detalhado, para minimizar os problemas comuns de um processo de urbanização desordenado e assegurar seu funcionamento de modo harmonioso e sustentável.

A arquiteta Nora Libertun – PhD em Desenvolvimento Urbano no MIT e mestre em urbanismo na Universidade de Harvard – elaborou cinco princípios para que a urbanização e seus desafios possam ser abordados através de um enfoque sustentável, evitando, assim, a exagerada expansão urbana e o desequilíbrio do meio ambiente.

Imagem: Autossustentável

A eficiência de recursos (maximização do uso de insumos e minimização da sua extração) é um dos fatores-chave para este sucesso, uma vez que as cidades consomem 75% dos recursos naturais, produzem 50% dos resíduos globais e são responsáveis por 60-80% das emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE), conforme publicação da ONU Meio Ambiente.

Sabe-se que a aglomeração das cidades oferece benefícios que incentivam a inovação, o desenvolvimento dos negócios e a geração de empregos. Em outras palavras, o que importa é “como” as cidades são projetadas – sua densidade, forma urbana de uso misto e sua infraestrutura.

Imagem: Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

O aproveitamento máximo da infraestrutura urbana também é essencial para se alcançar a maior eficiência dos recursos. A maioria dos recursos da cidade flui através de infraestruturas urbanas. A escolha de infraestruturas que conciliam a prestação de serviços – como a remoção de resíduos, alimentos, eletricidade, segurança energética e abastecimento de água, transporte e lazer – exige uma análise cuidadosa.

Assim, se planejadas com atenção, as políticas para o aumento de eficiência dos recursos podem ser rentáveis, estimular o crescimento e reduzir o impacto ambiental das cidades. Mas para estas estratégias de sustentabilidade sejam implementadas com eficácia nas cidades, é fundamental que sejam acompanhadas de forte governança e processos participativos.

Com informações de: ArchDaily e ONU Meio Ambiente

 

 

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