Práticas de saneamento básico e o cenário brasileiro
Mais de 35 milhões de brasileiros não possuem abastecimento de água tratada. Mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, 56% dos esgotos no país não são tratados. Estes dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil apresentam um quadro alarmante em nosso país ainda que o saneamento básico seja um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), são necessários 110 litros/dia de água para atender as necessidades básicas de uma pessoa. No Brasil, o consumo médio de uma pessoa por dia é de 154 litros. Ou seja, além de utilizarmos mais do que o necessário não tratamos toda esta água. Tudo isso levanta algumas perguntas: “O que estamos fazendo para mudar esses números? Como transformar esse cenário em uma situação sustentável?”.
Em 2017, a Tigre – empresa catarinense líder na fabricação de tubos e conexões e um dos maiores provedores de soluções para o setor da construção civil no Brasil – entrou para o mercado de tratamento de água e efluentes desenvolvendo projetos customizados e modulares. Além de tornar o negócio do cliente mais sustentável do ponto de vista da possibilidade de reaproveitar a água, a solução também tem por objetivo reduzir o custo de operação. Entenda melhor no vídeo a seguir.
No site da empresa (clique aqui para acessar) você encontra um simulador para o reuso da água onde é possível identificar o percentual de economia mensal quando aplicada a solução.
Em sintonia com o objetivo da oferta desses novos produtos, a Tigre firmou parceria com a Water.org, organização internacional que atua no combate à crise global da água, e o Banco da Família para a construção de banheiros em comunidade carente de Lages (Santa Catarina). A intenção é unir forças para ampliar o acesso à água potável e ser um catalisador em prol do saneamento básico.
Uma iniciativa bacana desenvolvida no intuito de educar as pessoas a respeito do saneamento básico foi o lançamento do game “Trata City”. Nele o jogador percorre um cenário virtual de uma comunidade e deve executar ações que conscientizem as pessoas para o problema, fazer mutirões, construir locais que melhoram a qualidade de vida, consertar os encanamentos e vazamentos, além de recolher o lixo para melhorar a vida das pessoas. A cada medida positiva feita, o jogador ganha pontos nas barras de água, esgoto e lixo, o que consequentemente melhoram as barras da saúde e da qualidade de vida.
O game é resultado de uma parceria entre o Instituto Trata Brasil e alunos do curso de Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi. O aplicativo foi lançado gratuitamente este mês para Android através do Google Play.
Em seu site o Trata Brasil disponibiliza ainda cartilhas de ação global a respeito do saneamento básico, cartilha da Turma da Mônica sobre o uso racional da água e saneamento básico, rankings, estudos, cases de sucesso e as principais estatísticas. Além disso, produziu em parceria com a Sabesp um documentário que aborda a importância da água e do esgotamento sanitário em comunidades vulneráveis que passaram a receber esses serviços. Intitulado “A luta pelo básico – saneamento salvando vidas”, o vídeo mostra relato de moradores e líderes comunitários falando da qualidade de vida antes e depois dos serviços.
Você também conhece boas práticas de saneamento? Então compartilhe com a gente!
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
LOPPNOW, Stephani. Práticas de saneamento básico e o cenário brasileiro. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2018/07/praticas-de-saneamento-basico-brasileiro.html>.