Serviços de compartilhamento de carros e bicicletas crescem pelo mundo
A mobilidade urbana tem passado por grandes transformações. Uma delas é o compartilhamento que tem se mostrado com uma interessante solução para o setor, principalmente nos grandes centros urbanos.
O compartilhamento de bicicletas (bike-share) e de veículos (carsharing) promovem a economia criativa e incentivam novas soluções de forma a melhorar a mobilidade urbana sem agredir o meio ambiente. Para deslocamento ou mesmo por lazer, estes serviços estão conquistando o seu espaço.
Para trajetos mais curtos, os sistemas de compartilhamento de bicicleta são a solução ideal. Elas reduzem o número de quilômetros rodados por veículos motorizados e beneficiam tanto o usuário como o meio ambiente.
Há diversos serviços de aluguel de bicicletas públicas como as famosas laranjinhas do Bike Itaú (BikeRio, BikeSampa, BikePoa, etc.). Nesses serviços, o usuário paga uma mensalidade e pode retirar a bicicleta em uma estação, utilizá-la por um determinado período de tempo pré-determinado (em geral, 1 hora) e devolvê-la em outra estação.
Mas e se você tem uma bicicleta parada em casa e que está um tanto ociosa? Empresta, oras! Depois de impulsos consumistas, nada melhor do que dar novos rumos àquilo que não está em uso. Essa é a proposta por trás do weBike, uma plataforma de compartilhamento de biicletas criada por brasileiros através de financiamento coletivo. E coletividade é a alma do negócio.
Criada por quatro amigos de Porto Alegre, a ferramenta sustentável tem o intuito de aproximar a cidade ao futuro, trazer soluções para a mobilidade urbana e expandir a cultura do compartilhamento, como já acontece em aplicativos como o Tem Açúcar, por exemplo.
O “aluguel simplificado” pode ser uma alternativa mais barata para os motoristas de veículos. Os carros podem ser alugados por preços acessíveis e podem, inclusive serem elétricos, não emitindo gás carbônico.
A ideia é simples. O usuário faz um cadastro, que passa pela aprovação da empresa, escolhe uma opção entre os modelos disponíveis e a forma de contabilizar os preços (por tempo e distância, diária ou pacotes), o aplicativo destrava o veículo e o motorista sai por aí.
Existem variações: algumas empresas têm frota própria, outras funcionam intermediando o aluguel entre o proprietário do carro e o locatário. Na primeira opção, o usuário pode pegar um carro em um bairro e deixá-lo em outro ponto de estacionamento, como funciona com as bicicletas do Banco Itaú. Na segunda, o proprietário leva o carro até o usuário.
As vantagens em utilizar as novas plataformas vão da economia (manter um automóvel custa bem mais que o seu valor, é preciso pagar IPVA, seguro, manutenção e combustível) até a comodidade. Isso porque o carro compartilhado está disponível com o tanque cheio, limpo e o usuário só paga pelo tempo em que utiliza o veículo.
Com informações: Autopapo, Hypeness e The CityFix Brasil
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SOUZA, L. B. Leonardo. Serviços de compartilhamento de carros e bicicletas crescem pelo mundo. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2018/09/servicos-compartilhamentos-carros-bicicletas.html>.
Bom dia.
Sou de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Adoro pedalar, e acho muito interessante que a cidade conte com bicicletas de aluguel, a exemplo do que já existe em diversos centros urbanos pelo mundo.
E também gostaria de utilizar as bicicletas para realizar entregas de comida ou similares. Só que há vários obstáculos. O primeiro deles, é o pagamento dos planos, que prioriza sua ativação através de cartão de crédito. Quem não tem cartão, precisa se deslocar até locais um tanto distantes de onde moro e trabalho, para fazer compra de planos. E ter de fazer isso cada vez que o plano expirar e eu precisar usar as bicicletas. O segundo, é a área de abrangência das bicicletas e das estações, no caso da Tembici (as laranjinhas). Ainda são poucas estações, concentradas principalmente na área central de Porto Alegre e próximas aos principais parques (Redenção e Parcão), e no bairro onde tenho meu emprego fixo, Santana, não há nenhuma estação. E a Yellow, que funciona com as bicicletas sem a necessidade de estações fixas, ainda está com uma área de abrangência muito restrita, e se o usuário estacionar a bicicleta fora dela, está sujeito a multa. Ambas não têm previsão de expandir a área atendida.
Moro na zona sul de Porto Alegre, a mais de doze quilômetros de onde trabalho, e não existe perspectiva para a operação desse serviço nessa região, nem que seja no eixo da avenida Cavalhada ou no bairro Ipanema, que tem uma orla do Guaíba lindíssima.
Soluções para isso existem, mas para mim, ainda são inviáveis: ou a gente alugar um imóvel dentro dessa área de abrangência e mais ou menos próximo ao local de trabalho, ou adquirir uma bicicleta própria (e dispor de espaço em casa para guardá-la) para não depender das bikes de aluguel. Não vislumbro nenhuma dessas alternativas neste momento, uma vez que estou em situação financeira complicada.