Empatia, compaixão e diálogo: importantes ferramentas para garantir a democracia
No mundo atual, de política extremamente dividida, pouco espaço é deixado para aqueles que desejam mostrar compaixão pelo outro lado. Como resultado, parece que as pessoas que detêm o poder estão na terra de ninguém e que pouca mudança ou diálogo está acontecendo. Em mês de eleição no Brasil, isso parece espantosamente evidente com uma forte divisão entre as pessoas. Em outros lugares, a mesma história se desenrola: nós contra eles.
As pessoas estão ouvindo argumentos ou simplesmente recorrendo a pequenos golpes e apontando os dedos? E como podemos realmente aprender e entender para abordar o outro lado? Nós precisamos mudar nossos argumentos para ser mais compassivos e inspirar a mudança que achamos necessária.
Você está defendendo a igualdade de gênero ou a mudança climática? Se você está lendo o Autossustentável, então provavelmente você está lutando por ambos. Estamos do seu lado – os argumentos que oferecemos apontam diretamente para o fim do patriarcado e a exploração do meio ambiente. Nós escrevemos esses artigos porque acreditamos que este seja o caminho. Para sermos ouvidos e entendidos, devemos ser éticos e ter uma abordagem compassiva ao lidar com assuntos delicados, caso contrário, as questões que envolvem mudança climática e igualdade de gênero serão considerados irrelevantes, porque o outro lado não nos respeitará. Se agimos – ou escrevemos – sem compaixão, nos tornamos partidários e divisíveis.
As pessoas têm suas próprias perspectivas éticas que moldam suas visões de mundo e podem ser bem diferentes das nossas. Elas podem dizer respeito a conceitos ou normas culturais das quais não temos consciência, mas isso não significa que devemos permanecer firmes em nossa ignorância. Em vez disso, devemos procurar entendê-los através da compaixão. Um casal indiano, por exemplo, pode escolher um casamento arranjado em vez de se casar por amor por causa de uma importância cultural atribuída à família. O ponto é que, ao não desenvolver um senso de profunda compaixão, você pode arriscar soar hipócrita e ignorante, para não mencionar alienante. Há dois lados em cada história, e rejeitar completamente o outro lado está errado.
Da mesma forma, quando os outros desconsideram ou desrespeitam nossos pontos de vista, eles geralmente têm mais facilidade em rejeitar nossos argumentos. Perspectivas únicas não podem ser compreendidas adequadamente sem compaixão. E se você não puder considerar todos os aspectos de uma pessoa, ela estará menos disposta a ter empatia com sua perspectiva.
Então, por que a compaixão é a ferramenta mais poderosa para inspirar a mudança?
Como ecofeminista, quero mudar as coisas, mas aprendi que mudança vem através da inspiração. Quando as pessoas são compassivas, elas inspiram mudanças porque manifestam uma capacidade divina de ver e contemplar pessoas e ações em um nível igual e imparcial. Eles permitem que o sofrimento de outra pessoa seja parte de si mesmo, a fim de obter o conhecimento de que precisam para entender completamente.Vivendo com compaixão, podemos inspirar os outros a fazer o mesmo, criando um mundo transparente e empático.
Gostou do nosso conteúdo e quer fazer referência deste artigo em um trabalho?
Saiba como colocá-lo nas referências:
SOUZA, Maria Eduarda. Empatia, compaixão e diálogo: importantes ferramentas para garantir a democracia. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2018/10/empatia-compaixao-e-dialogo-importantes-ferramentas-para-garantir-a-democracia.html>.