Índice de Transparência na Moda no Brasil – O que e quanto conhecemos sobre as marcas do setor?
A moda tem movimentado bilhões de dólares e milhares de pessoas todos os anos. O Brasil, especificamente, é hoje o quarto maior produtor de confecção do mundo. Dito isso, é fácil entender rapidamente a importância que o setor tem na sociedade e na economia. O que nem sempre ficou claro é o papel da sociedade neste setor.
No início deste mês de outubro foi lançada a primeira edição do Índice de Transparência na Moda Brasil, um documento que além instigar e promover a divulgação de dados, informações e ações das empresas de moda, também traz uma análise de 20 grandes marcas e varejistas do mercado brasileiro, classificadas de acordo com a quantidade de informações disponibilizadas sobre suas políticas, práticas e impactos sociais e ambientais.
O Índice de Transparência da Moda Brasil foi elaborado pelo Fashion Revolution Brasil e contou com a parceria técnica do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces).
Mas o que significa transparência?
No Índice, o Fashion Revolution descreve transparência como a divulgação pública de dados e informações confiáveis, compreensíveis e comparáveis sobre as práticas e impactos de marcas e varejistas em relação aos seus trabalhadores, às comunidades e ao meio ambiente ao longo de toda a cadeia de valor.
De acordo com o documento, divulgar informações publicamente pode trazer benefícios significativos e de longo prazo para as empresas, gerar melhores resultados para os trabalhadores, mitigar impactos sociais e ambientais e facilitar o acesso a informação aos consumidores. O material explica que quando estamos munidos de mais informações – de melhor qualidade e credibilidade – sobre os impactos sociais e ambientais das roupas que compramos, somos capazes de fazer escolhas de compras mais conscientes.
Com base em critérios disponíveis no Índice de Transparência da Moda Brasil, as 20 marcas selecionadas para integrarem esta primeira edição foram:
- ANIMALE
- BROOKSFILED
- C&A
- CIA. MARÍTIMA
- ELLUS
- FARM
- HAVAIANAS
- HERING
- JOHN JOHN
- LE LIS BLANC DEUX
- MALWEE
- MARISA
- MELISSA
- MOLECA
- OLYMPIKUS
- OSKLEN
- PERNAMBUCANAS
- RENNER
- RIACHUELO
- ZARA
Ao longo do documento é possível identificar os critérios utilizados na análise, premissas, formulário utilizado para coleta de dados, a pontuação completa de cada empresa e algumas conclusões a respeito. Além disso, algumas considerações e contribuições são feitas por especialistas.
Por último, mas não menos importante (e é aqui que entra o papel da sociedade no caminhar do mundo da Moda), o Índice aborda o que cada cidadão, marcas e varejistas, governos e legisladores, ONGs, sindicatos e trabalhadores podem (e devem) fazer com essas informações para que tenhamos uma cadeia produtiva mais sustentável.
Quando conhecemos e temos informações a respeito das empresas e marcas de moda, podemos escolher aquilo que consumimos de forma mais assertiva, de acordo com nossos princípios e com base naquilo que acreditamos.
O Fashion Revolution global já desenvolve esse mesmo Índice de Transparência da Moda e teve a sua terceira edição publicada em abril de 2018, com a análise de 150 marcas de moda internacionais.
Ficou curioso? Para acessar o documento completo, clique aqui.
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Saiba como colocá-lo nas referências:
LOPPNOW, Stephani. Índice de Transparência na Moda no Brasil – O que e quanto conhecemos sobre as marcas do setor?. Autossustentável. Disponível em: <https://autossustentavel.com/2018/10/indice-de-transparencia-na-moda.html>.