5º Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável
Imagem: Divulgação / Aline Kelly – Sustentável 2.0 |
A convite da Odebrecht, estivemos na cerimônia de entrega do Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável 2012, realizada dia 20 de março, no Rio de Janeiro (RJ).
O Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável tem como principais objetivos reconhecer e incentivar os jovens universitários que se propõem a pensar a engenharia em uma perspectiva sustentável e gerar conhecimento sobre o tema.
Foto: Divulgação |
Neutralização das emissões de carbono
Em parceria com Organização de Conservação da Terra (OCT) a área de Sustentabilidade da Organização Odebrecht se comprometeu a compensar todo o carbono (CO2) emitido durante a cerimônia de entrega do Prêmio nas edições de 2011 e 2012. Ao todo, serão neutralizadas mais de 90 toneladas de CO2, o que equivale ao plantio de 570 árvores na região Baixo Sul da Bahia.
Pensando nas gerações futuras
Para esta 5ª edição, cinco iniciativas foram selecionadas. Os projetos vencedores, de universidades de Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, foram analisados por uma comissão julgadora sob a ótica da viabilidade econômica, responsabilidade ambiental e inclusão social. Cada trabalho recebeu R$ 60 mil reais, sendo que, o autor ou grupo de autores, orientador e universidade ganham R$ 20 mil reais cada.
Vencedores do 5º Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável. Foto: Divulgação |
O projeto vencedor de autoria de Humberto da Silva Santos, da Universidade de Pernambuco, aborda o aproveitamento dos resíduos de biomassa da construção civil para a geração de combustíveis sólidos e gasosos. Para a conclusão do trabalho, foi realizada a caracterização físico-química e energética da madeira para avaliar o potencial de aproveitamento dos RCC (resíduos da construção civil), que na Região Metropolitana do Recife atinge entre 3 mil a 4 mil toneladas por dia, como fonte de energia renovável. Os resultados mostraram que os resíduos de madeira originaram combustíveis sólidos de alta qualidade. Experimentos para a conversão de um combustível sólido em gasoso conseguem produzir um gás combustível que pode ser usado para geração de energia elétrica.
Já o segundo lugar, conquistado por Marcelo Langner, Odoni Antonio Ruschel Junior e Patricia Soares Teixeira, da União Dinâmica de Faculdades Catarat
as, do Paraná, propõe uma solução para controlar a radiação solar que atravessa as aberturas dos edifícios, incentivando o uso e a entrada de luz natural para o interior do ambiente, reduzindo significativamente o consumo de energia elétrica.
as, do Paraná, propõe uma solução para controlar a radiação solar que atravessa as aberturas dos edifícios, incentivando o uso e a entrada de luz natural para o interior do ambiente, reduzindo significativamente o consumo de energia elétrica.
O trabalho da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, realizado por Larissa Barbosa de Souza, Juliane Palmas de Souza e Hingrid Freire Guimarães, apresenta uma forma de minimizar o impacto ambiental e dar um destino final à cinza residual do bagaço de cana de açúcar, utilizado para a cogeração de energia por meio de sua queima em caldeiras.
Um sistema de esgotamento sanitário mais compacto e descentralizado para comunidades isoladas e rurais foi tema do projeto da Universidade Federal de Viçosa, de Minas Gerais, de autoria de Bernardo Nascimbeni de Brito, Alice César Fassoni e Diogo Faria Machado, que ocupou o quarto lugar.
Na quinta posição, conquistada por Gabriel Estevam Domingos do Centro Universitário Monte Serrat, em Santos (SP), foi premiado um estudo sobre a reutilização de lodo de Estações de Tratamento de Água para produção de tintas ecológicas.
Adoramos a oportunidade de conhecer projetos tão bons como esses que venceram o Prêmio. E é justamente isso que falta em nosso país: iniciativas como essa, que aproximam a realidade do mercado à realidade das nossas universidades e dão maior visibilidade às pesquisas científicas realizadas pelos estudantes. Ficamos relativamente surpresos pela qualidade dos projetos e pelo fato da grande parte dos mesmos ser realizada longe das grandes capitais e fora do eixo Rio-SP. Isso representa um estímulo a mais às universidades investirem em projetos de pesquisa.